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domingo, 24 de abril de 2011

O uso de maconha e a permissividade dos pais e da sociedade

Entrevista dada à Revista Família Cristã on line (www.fc.org.br)

- Segundo Pesquisa realizada pelo Centro de Integração Empresa Escola, aumentou o número de pais que permitem o uso da maconha dentro de casa? Quais são os dados atuais e os anteriores para que possamos fazer uma comparação?
Trata-se de uma mudança de atitude que permeia a sociedade através de diversos mecanismos. Se questionarmos diretamente a atitude dos pais sobre o uso de maconha pelos seus filhos, uma parte será contrária outra poderá ser a favor. Os primeiros podem estar influenciados por valores morais, sociais, religiosos, ou conhecerem melhor o assunto, não se deixando levar por informações unicamente baseadas em ideologia. O segundo grupo pode estar influenciado por experiências passadas de uso – grande parte dos pais de hoje usaram maconha na década de 70, e hoje têm uma vida normal – logo acreditam que se trata de um momento passageiro e alguns até atribuem o comportamento à adolescência normal.

Façamos uma reflexão sobre o grupo de pais mais permissivos ao uso: (1) É sabido de todos nós, porque está registrado em compêndios e revistas especializadas bem como na mídia geral, que a maconha de hoje NÃO é a mesma de décadas atrás. Enquanto se tinha 1% de THC (a substância química presente na maconha que causa a dependência), hoje a maconha tem 5 % podendo em algumas preparações chegar a 20%.

Fumar um baseado de maconha significaria, atualmente, fumar 5 baseados ou mais, no passado. Este fato reflete nos problemas relacionados ao uso de maconha. Até pouco tempo era muito raro quem procurava tratamento para maconha, entretanto, hoje a demanda está a um nível que justificou a abertura de um ambulatório específico para maconha na UNIAD (Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas da UNIFESP/ Escola Paulista de Medicina).

(2) Não há mais dúvida que maconha causa dependência e isso pode ser observado pelo aumento do consumo quer seja em quantidade de pessoas que usam quer seja em quantidade de THC aspirada. Além da dependência, existe uma clara e demonstrável deficiência cognitiva (da atenção, concentração, armazenamento de informação) entre os usuários de maconha. Há uma correlação positiva entre surtos psicóticos e uso de maconha – embora ainda não tenha estudo que nos afirme a relação de causa – efeito, sabemos que há a correlação: quem usa maconha, mais freqüentemente, apresenta surto psicótico (apresenta alteração do sono, ficam agitados ou agressivos, delirantes – achando que alguém os persegue, ouvem vozes inexistentes, entre outros sintomas.).

(3) Existe, ainda, influenciando a atitude positiva dos pais, a disponibilidade da droga. É muito fácil conseguir maconha, hoje. Em pesquisa aqui na UNIFESP, o CEBRID relata que 69,5% dos jovens do sexo masculino entre 12 e 17 anos afirmam ser muito fácil conseguir maconha se o desejarem. Na faixa etária entre 18 e 24 anos esta porcentagem salta para 74,9%.

Essa disponibilidade tão alta além de aumentar o número de pessoas que tem contato com a droga, cria a imagem de que “TODO MUNDO USA” – o que estatisticamente não é verdade: a facilidade em conseguir não implica necessariamente em usar. Além disso, cria -se a confusão entre o que está se tornando comum com o que é normal. Por mais comum que fique o uso de maconha ele não é NORMAL. Não deveria ser encarado pelos pais como tal, e nem como um comportamento passageiro. Felizmente, para a maioria das pessoas, o uso experimental não se torna em dependência e problema, mas não podemos prever quem serão parte de um ou de outro grupo.

- O que leva os pais a permitirem o uso da maconha dentro de casa e por que aumentou o número de pais agindo desta forma?
É difícil afirmar com certeza o que leva aos pais agirem assim, entretanto podemos levantar algumas hipóteses.

(1) como a disponibilidade de drogas está tão aumentada, é quase inevitável que hora ou outra os adolescentes terão contato com a droga. Portanto, se tiverem, que seja debaixo dos olhos dos pais.

(2) Este pensamento merece uma reflexão: o papel de pai é diferente do papel de amigo, do papel de amante, do papel de esposo, do papel profissional. Desempenhamos na vida, como definiu um pesquisador chamado Moreno, “cachos de papéis” que nada mais é que a interação dinâmica entre todos os papéis que nos coube. Por exemplo, neste momento despenho um papel de pesquisador e professor que dá uma entrevista, depois desempenharei um papel de terapeuta e ao final do dia desempenharei o papel de esposo, pai…

O papel do pai é complicado, mas fundamental. Pai não é amiguinho de filho, e se desejar sê-lo poderá falhar como pai. Cabe ao pai a compreensão; o apoio; a disponibilidade – com quem o filho pode contar nas horas difíceis; o provedor das necessidades; e o mais difícil deles – colocar limite! Mas como acolher e colocar limite simultaneamente? É necessário antes desconstruir a imagem de que acolher é concordar e colocar limite, discordar. É possível acolher o jovem sem compactuar com o uso de droga dele – é o que terapeutas fazem: em nenhum momento compactuam com o uso de droga, e o adolescente sabe disso! Fazemos exames de detecção de droga, discutimos estratégias de se manter sem ela, etc. E acolhemos! Se o paciente precisar de alguma coisa poderá procurar seu terapeuta e não receberá crítica – será ouvido e ajudado a resolver o problema sem a busca de um culpado para o que aconteceu.

(3) Outra hipótese é o medo de que o filho se exponha a perigo em ambientes de tráfico. Preocupação extremamente legítima, mas que não justifica compactuar com o uso de droga do filho (mensagem subliminar ao se aprovar o uso em casa). O tratamento, a informação, e a abstinência afastarão tal perigo. Esses são os melhores caminhos. Tentar controlar o que não está no nosso controle é desgastante para quem tenta controlar e para quem finge ser controlado. Existem pesquisas que mostram que o pai que sabe aonde, com quê e o quê fazem seus filhos, estes estão mais protegidos do uso de droga. Achar que deixar o filho usar droga em casa é controle, configura um grande equívoco: é a expressão de um falso controle.

- Qual o perfil dessas famílias e o reflexo dessa mudança na postura dos pais em relação aos filhos? Aumentou também o número de dependência química nos jovens?
Uma comparação entre os adolescentes que experimentaram drogas realizadas nas Escolas Estaduais e Privadas de dez capitais Brasileiras, pelo CEBRID / UNIFESP/EPM, mostrou que em dez anos (1987 e 1997) mostrou aumento do uso na vida de maconha (uso experimental) aumentou em TODAS as dez capitais estudas sendo que na pesquisa de 1997 a maconha superou os solventes como droga de maior uso na vida. O mais preocupante, entretanto, é o registro de que o USO FREQUENTE (uso de seis vezes ou mais no mês) e o USO PESADO (uso de vinte vezes ou mais no mês) também cresceram para a maconha de maneira estatisticamente significante.

É claro que não podemos atribuir tal aumento do consumo exclusivamente a esta atitude permissiva dos pais e da sociedade. Seria necessário um outro tipo de estudo para responder o quanto cada fator contribuiu para o aumento do consumo. Vários fatores devem ter contribuído, mas podemos inferir sem medo de cometer grandes distorções, que a permissividade, em maior ou menor grau contribuiu para este quadro.

- Como os pais podem ajudar os filhos a superar o vício?
Dependência talvez seja um termo mais adequado, menos estigmatizante e reflete o caráter da doença “Dependência Química” (não no sentido unicamente biológico, mas biopsicossocial). Não existe uma fórmula que funcione para todos os casos. Assim como, não existe um tratamento único que se obtenha sucesso para todo e qualquer dependente químico. O bom médico vai parear a necessidade do paciente com os tratamentos disponíveis e testados. Mas algumas linhas gerais ajudam a todos:

(1) NÃO CONFRONTAR DIRETAMENTE.
(2) NÃO ACUSAR OU PROCURAR CULPADOS.
(3) MOSTRAR -SE AO LADO DO ADOLESCENTE, SEM COMPACTUAR COM O USO, NA BUSCA DE UMA RESOLUÇÃO PARA O PROBLEMA.
(3) AJUDAR O ADOLESCENTE A PERCEBER O BENEFÍCIO QUE ELE TERÁ COM A ABSTINÊNCIA OU COM O TRATAMENTO. SE ELE ACHA QUE PRECISA PARAR POR IMPOSIÇÃO SOCIAL, OU PARA AGRADAR ESTE OU AQUELE, A TENTATIVA PODE FALHAR.
(4) NÃO USAR DA CULPA COMO ARMA PARA CONVENCIMENTO – ISSO PODE ATÉ FUNCIONAR UM PERÍODO, MAS NÃO SE SUSTENTA. ALIÁS, FUJA DO MECANISMO DA CULPA, NO QUAL SE ESTABELECE UMA TROCA DE ACUSAÇÕES PARA SE DETERMINAR O MAIS CULPADO E O MAIS ATINGIDO: O PROBLEMA CONTINUA SEM SOLUÇÃO.
(5) JAMAIS ESQUECER QUE SE TRATA DE UMA DIFICULDADE E NÃO UM DEFEITO. LEMBRAR, QUE PARA LIDAR COM DIFICULDADES COMO ESSA, EXISTEM EQUIPES DE PSICÓLOGOS, ENFERMEIROS, ASSISTENTES SOCIAIS, PSIQUIATRAS, TERAPEUTAS OCUPACIONAIS, ETC. NÃO TENTE RESOLVER TUDO SOZINHO. PROCURE AJUDA – TODO CIDADÃO TEM DIREITO DE SER ASSISTIDO EM CASO DE DOENÇAS BIOLÓGICAS, PSÍQUICAS ETC.

- Qual a porcentagem de jovens que enfrentam problemas com álcool e drogas hoje? O que leva os jovens a caírem nas drogas e como a sociedade poderia agir na prevenção deste mal.
A primeira questão é bem mais simples para responder:

Sabemos que cerca de 11% da população masculina é dependente de álcool. As mulheres são cerca de 3%, mas alguns estudos mostram porcentagem maior.

Cerca de 10% da população masculina é dependente de tabaco. 9% das mulheres.

Como se percebe com os dados acima, os grandes vilões são ainda o álcool e o tabaco – o que justificaria a intervenção Estatal na elaboração de uma política pública que restringisse acesso a bebida, delimitasse pontos de vendas, estabelecesse programas educacionais baseados em evidencias científicas e que tenham funcionado em outros países, limitar o acesso do jovem à bebida, proibir propaganda, entre outras ações. As pesquisas mostram que estas ações políticas são as mais efetivas. Qualquer outro programa de Prevenção tem uma ação limitada, enquanto o álcool continua tão barato, tão acessível, tão estimulado em propagandas de altíssima qualidade, com as quais fica difícil concorrer. Nenhum panfleto, nenhuma cartilha, nenhum programa educacional terá o impacto destas propagandas!

A segunda questão é bem mais complexa e não poderemos esgotar aqui. O que leva os jovens a usarem drogas é um conjunto de fatores denominados “fatores de risco”. A combinação destes fatores ou a junção de alguns deles tornam uma pessoa mais ou menos propensa ao uso.

Fator de risco é qualquer fator que contribua em maior ou menor grau para aumentar a probabilidade de uso de droga. Não existe um fator único DETERMINANTE DO USO. Assim, para cada compartimento da vida (denominado cientificamente de domínios da vida) há fatores de risco ou não, além de fatores protetores do uso.

Entendem-se como domínios da vida: o individual (predisposição psicológica, genética, presença de alguma doença etc); o de pares (os amigos e pessoas de convívio próximo – o que pensam sobre o uso de droga, quais ambientes freqüentam, etc); o domínio familiar (como está estruturada a família e o seu funcionamento – se os papéis estão claros, definidos, por exemplo, o pai que realmente cumpre sua função de pai); o domínio social (a disponibilidade de droga, a facilidade em se obter, a falta de fiscalização das leis que já existem, o número de pontos de vendas, etc). A combinação dos fatores de riscos nestes diversos níveis vai tornar uma pessoa mais ou menos predisponente a se envolver com droga.

Dr. Cláudio Jerônimo da Silva
UNIAD/Depto de Psiquiatria
UNIFESP/EPM

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Filho enfrentando problemas com a bebida...


FALAMOS DEMAIS, OUVIMOS DE MENOS! 
DISCUTIMOS MUITO, DIALOGAMOS POUCO E...
TOMAMOS DECISÕES PRECIPITADAS EM NOSSAS VIDAS..
"Seja pois pronto para ouvir, tardio para falar e lento para irar-se.."

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Festas de outubro tornam-se pesadelo para muitas famílias

As festas do mês de outubro, em nossa região, podem se tornar pesadelo para muitas famílias. De um lado da moeda está a alegria e a diversão e, no outro, a tristeza e a desgraça. Informações de outras edições das festas nos dão a certeza de que é um período de aumento dos acidentes de trânsitos, violência doméstica e abusos sexuais, por conta do descontrole de alguns com relação ao abuso do álcool. O COMEN responsável pela sua atuação social e incentivador da promoção pela vida, acredita que podemos reduzir números crescentes desse tipo de violência fazendo campanhas como o da Carona Solidária ou Amigo da Vez. Se, infelizmente, a motivação de alguns está inclinada para a bebida, que possa pelo menos ter a consciência de solicitar a um amigo(a) que não beba, para posteriormente conduzir o veiculo e tentar levar a todos com segurança de volta a seus lares. Lembre-se sempre: você é responsável pela sua vida e pela vida de várias outras pessoas ao seu redor, direta ou indiretamente.SE BEBER, NÃO DIRIJA !

COMUNIDADE TERAPÊUTICA NOVO AMANHÃ

A Associação Beneficente Novo Amanhã é uma entidade sem fins lucrativos, fundada em 14 de setembro de 1998, com sua Comunidade Terapêutica localizada na Estrada Geral Aurora, bairro Rio Cerro II, no município de Jaraguá do Sul, SC. Seu maior objetivo é o de orientar, prevenir, reabilitar e ressocializar o dependente de álcool e/ou outras drogas, bem como orientar os familiares em particular e a sociedade em geral. O Novo Amanhã atende homens (a partir dos 18 anos) com problemas de dependência química. A Comunidade atende os requisitos da RDC 101 da Anvisa e firmou convênio com o ISSEM, ampliando assim o atendimento aos servidores municipais. A Comunidade atende a doze residentes e segue o Caminho dos 12 Passos.
O atual presidente é o Sr. Manoel Inacio Camilo Carreira.

Informações:
3392-3091 / 8812-8099

terça-feira, 12 de outubro de 2010

O ALCOOL

O álcool é uma substancia licita, obtido a partir fermentação ou destilação da glicose presente em cereais,raízes e frutas. O álcool esta presente em quase todas as culturas e participa plenamente do cotidiano da humanidade. É também a substancia que mais causa danos a saúde, causa dependência e possui um quadro de abstinência que pode levar ao óbito, se não tratada. Por outro lado, consumo diário em baixas doses é protetor contra doenças cardiovasculares, mas esta pratica não deve ser estimulada como ‘método preventivo’.
O inicio dos efeitos da ingestão do álcool esta condicionado a diversos fatores. A presença de alimentos no estomago diminui a velocidade de absorção. Bebidas frisantes e licorosas são absorvidas com maior rapidez. A velocidade da ingestão também interfere: quanto mais rápido se bebe, mais prontos e intensos serão os efeitos.
Estudos brasileiros apontam que boa parte dos estudantes do ensino fundamental e a imensa maioria dos estudantes do ensino médio experimentam bebidas alcoólicas antes do termino destes ciclos. Dessa forma, o álcool (ao lado do tabaco) devem ser as substancias a merecerem maior atenção por parte dos educadores e outros profissionais.

AÇÃO NO CÉREBRO
O álcool ingerido é absorvido rapidamente por qualquer mucosa do trato gastrintestinal (da boca ao intestino). No cérebro, começa atuando como ansiolítico, provocando um quadro de euforia e bem estar. O aumento da dose, leva a depressão do sistema, causando sonolência, sedação, incoordenação motora e relaxamento muscular. Doses extremamente elevadas podem levar ao coma.

DANOS A SAÚDE
O álcool tem ação toxica direta sobre diversos órgãos. As complicações mais frequentes são aas gastrites, ulceras [estomago], hepatite, esteatose (fígado gorduroso), cirrose [fígado], pancreatite [pâncreas], demência, anestesia e dor muscular nas pernas (neurites) [sistema nervoso] e doenças do coração, com risco de infarto, hipertensão e derrame cerebral [sistema circulatório]. O álcool também aumenta o risco de câncer no trato gastrintestinal, na bexiga, na próstata, garganta e outros órgãos.

SÍNDROME DE ABSTINENCIA
Inicia-se horas após a interrupção ou diminuição do consumo. Os tremores de extremidade e lábios são os mais comuns, associados a náuseas, vômitos, sudorese, ansiedade, ansiedade irritabilidade. Casos mais graves evoluem para convulsões e estados confusionais, com desorientação temporal e espacial, falsos reconhecimentos e alucinações auditivas, visuais e táteis (delirium tremens).
A dependência, com surgimento da síndrome de abstinência, aparece alguns anos após o uso diário e intenso de alccol, acometendo indivíduos com mais de vinte anos. Desse modo, este não é um quadro muito observado nas escolas. Nestes ambientes os educadores devem estar mais atentos para o uso nocivo.

INTOXICAÇÃO AGUDA PELO ÁLCOOL
Efeitos Físicos:
*Aumento da diurese
*Redução dos reflexos
*marcha cambaleante
*náuseas e vômitos
*Overdose: coma, devido a ação do álcool nos centros cardíaco e respiratório do cérebro.

Efeitos psíquicos:
*desinibição e euforia em baixas doses, evoluindo para a sedação,conforme o aumento da dose.
*Afeto instável, podendo alternar episódios de euforia, tristeza, choro, irritação e impulsividade.
*Prejuízos da memória, atenção e concentração.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Drogas 2

•A dependência é uma doença e atinge cerca de 10% da população mundial, não distingue raça, cor, credo, condição socioeconômica ou sexo, começa lentamente e vai progredindo. Deve ser tratada;
•O dependente dificilmente consegue parar de usar sozinho e por isso precisa de ajuda.
•A co-dependência também é doença que atinge as pessoas próximas ao dependente (pais, cônjuge, irmãos, tios, avós, amigos...); Todos precisam de “tratamento”;
•Deixe claro para o dependente que o que a família desaprova o que ele(a) faz e não o que ele(a) é; Em vez de reagir brigando ou xingando, buscando culpados, procure aprender a enfrentar o problema e resolvê-lo buscando ajuda;
•Separações não resolve problemas, ao contrário, gera mais ainda.
•Converse sobre o assunto quando a pessoa não estiver sobre os efeitos da droga, mas sim quando estiver são/lúcida, dessa forma suas palavras serão mais bem compreendidas;
•O incentivo ao uso de drogas na grande maioria das vezes começa em casa, devido ao exemplo dos pais e/ou responsáveis em consumir drogas licitas como cervejas ou cigarros; O uso de drogas é consequência e não causa;
•Usar drogas na gravidez prejudica a gestante e o bebê em formação;
•Maconha: O THC é a substância química da maconha e é o principal responsável pelos efeitos da planta. A maconha é muito manipulada em laboratórios objetivando aumentar o THC para causar maior dependência. Não é só natural como muitos pensam;
•Cigarro: Quem convive com fumante tem um risco 24% maior de morrer por doença cardíaca ou 30% maior de morrer de câncer de pulmão; O cigarro tem 4720 substâncias tóxicas, e causam dependência;Quem fuma cigarro é tão dependente quanto aquele(a) que usa outras drogas;
•Crack: O efeito do crack é de aproximadamente 5 minutos, por isso a dependência é mais rápida e o efeito da cocaína aspirada é de aproximadamente 50 minutos;
•Lembre-se somos um todo: psico-físico-sócio-espiritual e todas essas áreas precisam ser “trabalhadas” buscando o equilíbrio;
•AMOR-COMPREENSÃO–INFORMAÇÃO: são “ingredientes” que ajudam a salvar a vida de um dependente e de uma família que tem o problema das drogas;
•É importante conscientizar e coibir a venda de bebidas alcoólicas em festas e/ou confraternizações em escolas e igrejas;
•Busque ajuda e você verá que não está sozinho(a) e que muitos conseguiram e estão conseguindo viver em abstinência e são muito felizes. Não precisa ter vergonha, pois é um ato de amor para si e para o próximo.

Drogas

As drogas são substâncias químicas, naturais ou sintéticas, que provocam alterações físicas e psíquicas, levando à dependência física e psicológica. Seu uso sistemático traz sérias conseqüências, podendo, em casos extremos, levar à morte. Existem vários tipos de drogas, elas podem ser depressoras, estimulantes ou perturbadoras e ainda combinar mais de um efeito na mesma substância. No tratamento contra a dependência química, a família ocupa um papel fundamental, considerando que ele consiste também em uma prevenção a recaída. Para o dependente, a reabilitação clínica é uma das propostas de tratamento, que visa à reinserção do indivíduo na sociedade.
O tratamento, a recuperação de dependentes químicos e a conscientização são necessários para desfrutar de uma nova maneira de viver, sem uso de substâncias químicas.
Se você conhece alguém que passa por problemas pelo uso de drogas, sugira-lhe buscar ajuda.

Sites Uteis

www.revistaanonimos.com.br
www.abead.com.br
www.ssp.sc.gov.br/conen
www.novoamanha.org.br
www.cerene.org.br
www.cruzazul.org.br
www.encontrocomavida.org
www.pastoralantialcoolica.com

COMEN presente na ação social WEG

O COMEN - Conselho Municipal de Entorpecentes de Jaraguá do Sul participará no dia 19/09/2010 (domingo) na Ação Social WEG que acontecerá na Arena Jaraguá.
O evento iniciará as 9:00 horas e terminará as 17:00 horas.
Visite o stand do COMEN e conheça o trabalho desse importante conselho de Jaraguá do Sul.
________________________
Até às 17 horas deste domingo as pessoas interessadas em cortar o cabelo, tirar a pressão arterial, fazer exames de vista, tirar a Carteira de Identidade ou CPF devem ir para a Arena Jaraguá aproveitar dos serviços gratuitos do projeto Ação Social WEG.

Quem passar por lá pode também fazer massagem relaxante, receber informações de prevenção sobre câncer de mama, dos cuidados com a alimentação e também se divertir.

O evento começou em 1995. Nesses 13 anos, as atividades desenvolvidas pelos parceiros da empresa de motores atenderam 150 mil pessoas. São 51 opções de serviços. O programa também é uma oportunidade de diversão à família.

Na entrada do centro de eventos foram montadas tendas de diversão para a criançada, com apresentações teatrais, área para brincadeiras e pinturas. A Polícia Militar também participa da iniciativa mostrando técnicas de segurança usadas pelo Grupo de Resposta Tática (GRT).

Fonte: http://www.weg.net/br/Media-Center/WEG-na-Imprensa/Diario-Catarinense/Acao-Social-WEG-vai-ate-as-17-horas-em-Jaragua-do-Sul

sábado, 15 de maio de 2010

Jovem que fuma uma vez ao mês pode ficar dependente

Jovem que fuma uma vez ao mês pode ficar dependente
O risco é maior quando o adolescente apresenta sintomas precoces, como desejo forte de fumar


Campanha "Think it makes you pretty?" é uma criação da BBDO, Moscou, para tentar demonstrar para as mulheres jovem que o cigarro não é um acessório de beleza
Folha de São Paulo – Rachel Botelho.

Essa é a conclusão de um estudo publicado no periódico científico "Pediatrics", que acompanhou 370 voluntários durante quatro anos.

Os adolescentes foram submetidos a 11 entrevistas individuais, de 2002 a 2006, sobre a presença de sintomas da dependência. Neste período, 62% deles fumavam ao menos uma vez por mês, 52% tinham sintomas de dependência e 40% tornaram-se fumantes diários.

Os pesquisadores observaram que a frequência com que os jovens fumavam era um indicativo de sintomas de dependência na entrevista seguinte.

Por sua vez, o número de sintomas estava relacionado a um aumento da frequência de consumo. Fumar no mínimo uma vez ao mês -ou por semana, como ocorreu em alguns casos- foi um fator de risco forte para o aparecimento de sintomas, como grande desejo de fumar, seguido por sintomas de abstinência da nicotina, aumento da frequência de consumo para diária e relatos de sensação de dependência e de dificuldade para se controlar.

Os sintomas de dependência de nicotina são desejo persistente de fumar (que leva à troca de outros prazeres pelo cigarro), necessidade de fumar mais para ter o mesmo benefício (como redução da ansiedade) e vontade compulsiva de fumar (síndrome de abstinência).

Segundo o pneumologista Sérgio Ricardo Santos, coordenador do PrevFumo (ambulatório de controle do tabagismo da Unifesp), durante a fase de iniciação -em que o consumo está vinculado ao convívio com amigos e a baladas- surgem sintomas mais tênues, que sugerem a dependência ou o caminho para sua instalação.

"É o interesse de estar próximo a pessoas que fumam, carregar isqueiro, selecionar amizades com base no fato de as pessoas serem fumantes ou não. E o desejo -não a compulsão- de fumar em situações especiais, como na balada", diz.

Investigação

O tabagismo na adolescência ainda é pouco investigado, afirma o pneumologista. No Brasil, a idade média de iniciação vai de 13 a 15 anos.

"O esforço, para essa geração de crianças e adolescentes, está em descobrir como prevenir que eles se tornem fumantes. Estamos aprendendo que ter pais ou melhor amigo que fumam, frequentar ambientes onde é permitido fumar e sentir prazer nisso são fatores de risco para que experimentem cigarros, iniciem-se no consumo regular e, enfim, tornem-se dependentes", diz.

Para Ciro Kirchenchtejn, coordenador do Centro de Tratamento de Tabagismo do hospital Oswaldo Cruz, o uso recreativo da nicotina tem muito mais chance de levar à dependência do que o de outras drogas. "Para criar dependência, não requer mais do que poucas semanas ou meses", diz.
Fonte: http://www.abead.com.br/noticias/exibNoticia/?cod=374
Data: 15/05/2010

Queda de cabelo pode estar relacionada ao cigarro, diz dermatologista

Mídia do Dia: 13/05/2010
Data de Veiculação: 13/05/2010

Queda de cabelo pode estar relacionada ao cigarro, diz dermatologista

Apesar de não haver dados oficiais que comprovem a relação do cigarro com a queda de cabelo, estudos comprovam que mais da metade dos fumantes se queixam da perda dos fios. De acordo com o dermatologista e tricologista (especialista em assuntos relacionados ao cabelo) Valcinir Bedin, presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Cabelo, existe uma relação do fumo com a o fluxo sanguíneo e isso pode acelerar a queda capilar.

- O cigarro faz com que as artérias fiquem mais fechadas e diminui a circulação sanguínea. Portanto, a alimentação dos cabelos fica prejudicada,e o couro cabeludo fica impossibilitado de nutrir os fios por completo.

Bedin ainda explica que, como a nicotina estreita a passagem de sangue, que é o condutor dos nutrientes para os cabelos, pode haver a queda dos fios.

- Se a pessoa parar de fumar, provavelmente haverá uma diminuição dessa queda, pois o fluxo sanguíneo voltará a se estabelecer. Mas é importante que a pessoa não tenha fumado por muitos anos. Após ter passado um ano como fumante, já é possível identificar os efeitos nocivos da nicotina nos cabelos.

Segundo o tricologista, a falta de oxigenação tambem pode causar atrofias e até tumores no couro cabeludo.

- Quem é fumante e tem disposição à calvície deve ficar ainda mais atento, pois a queda de cabelo pode ser pior por causa da soma desses dois agravantes
Fonte: http://www.abead.com.br/midia/exibMidia/?midia=5990
Data: 15/05/2010

A drogadicção e a recaída

A drogadicção e a recaída

Se as drogas apresentam um problema à sociedade, problema maior talvez enfrente o adicto com a recaída. Buscar tratamento em uma comunidade terapêutica ou em clínica – dependendo das posses da família ou do próprio doente – não é fácil, com a pessoa colocada numa situação de isolamento onde buscará, pretende-se, refletir sobre sua condição e trazer, do fundo do poço, a solução particular para seu caso, no que é auxiliada por terapeutas, psicólogos e demais pessoas envolvidas, inclusive psiquiatras, quando da intervenção medicamentosa para ajudar a superar crises de abstinência.
O isolamento na comunidade terapêutica baseia-se no tripé necessário à recuperação, compreendendo disciplina, laborterapia e religiosidade. Sem disciplina o recuperando não vai atender os chamados ao trabalho e à religiosidade. Então, ao martírio que é atender ordens, via de regra, para quem estava acostumado a uma vida sem leis nem decretos, onde o único foco é a droga e os meios (não importando quais) para alcançar a satisfação, recair é pensar, ou fazer com que os familiares pensem em começar do zero, com o passo a passo de buscar uma comunidade terapêutica, passar pela entrevista, exames médicos, internação (para desintoxicação, em boa parte dos casos), perícia médica no INSS para obtenção de auxílio doença, conhecer o novo lugar que o abrigará, na melhor das hipóteses, pelos próximos seis meses, tempo requerido para o tratamento, segundo a ANVISA e sua resolução 101.
Muitos acreditam que, após 20 ou 30 anos envolvidos com drogas – alcoolismo entre elas – precisam de somente 30 dias para recuperar-se. Ledo engano. Outros lamentam a estada na comunidade, na qual realmente nunca estão (de pensamento, onde é processada a efetiva recuperação) e após uma breve permanência dão-se alta, ignorando papéis assinados e compromissos assumidos.
É preciso que, ao longo da estada em recuperação, o recuperando aprenda estratégias de enfrentamento, para aplicar na prática e evitar a recaída, quando confrontar-se com uma situação de risco. E o que são situações de risco? Todas as situações que fazem a pessoa lembrar-se da droga (gatilhos) e buscar o consumo, satisfazendo a necessidade premente.
Importante nesse processo é o trabalho da família, que deve encaminhar o recuperando a um grupo de apoio e acompanhá-lo ao evento semanal, para que o mesmo sinta-se forte para dizer não às tentações que estão em cada esquina e, algumas vezes, dentro do próprio lar.
Querendo auxílio busque o AA, NA ou outro Grupo de Apoio mais perto de você.

Inacio Carreira, presidente da Associação Beneficente NOVO AMANHÃ
www.novoamanha.org.br – novoamanhact@gmail.com

sábado, 6 de junho de 2009

CAPACITAÇÃO EM JARAGUÁ DO SUL


Dia 27/06/2009 acontecerá em Jaraguá do Sul (SC) TREINAMENTO PARA CAPACITAÇÃO DE LIDERANÇA EM GRUPOS DE APOIO DA CRUZ AZUL.
É uma excelente oportunidade para quem quer trabalhar nessa área.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

CRACK - NEM PENSAR

Excelente materia sobre o crack nesse site

http://zerohora.clicrbs.com.br/especial/rs/cracknempensar/home,0,3710,Home.html

IECLB na Globo

Informamos que a reportagem da Rede Globo sobre a IECLB, transmitida no Jornal Nacional de sexta-feira passada, ainda pode ser acessada no site da Globo, via o seguinte link:
http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL1176408-10406,00-A+ATUACAO+DOS+LUTERANOS+NO+RIO+GRANDE+DO+SUL.html

quinta-feira, 19 de março de 2009

Grávida é detida com drogas em Joinville

Uma mulher de 26 anos grávida de oito meses foi detida no início da madrugada desta quinta-feira, na rua Jerônimo Coelho, no Centro de Joinville. Com ela, a polícia encontrou seis pedras de crack e R$ 328 em dinheiro.

Para os policiais, a gestante disse que havia ganhado o dinheiro com programas sexuais e que a droga era para consumo próprio. Um jovem de 21 anos que fazia uso de drogas no momento da abordagem também foi detido e levado com a grávida para a Central de Polícia.
Fonte: http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default.jsp?uf=1&local=1§ion=Geral&newsID=a2445421.xml

MP-SP denuncia 115 por tráfico internacional de drogas

SÃO PAULO - O Ministério Público Federal (MPF) em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, denunciou 115 pessoas pelos crimes de tráfico internacional de entorpecentes e associação e financiamento para o tráfico internacional. Também foi pedida a prisão preventiva de todos os denunciados. Vários deles estão foragidos, segundo o MPF. Alguns deles já têm prisão temporária decretada, o que não impediu, por exemplo, a fuga de um químico que trabalhava para duas quadrilhas. Ele fugiu da Cadeia Pública de Cáceres, no Mato Grosso.



A Polícia Federal já providenciou a inclusão do mais importante dos denunciados, Lourival Máximo da Fonseca, vulgo Tião, no quadro dos mais procurados pelo FBI, a polícia federal norte-americana. Os acusados, segundo o MPF, foram investigados na Operação Alfa, da Polícia Federal, durante a qual foram realizados 17 flagrantes nos últimos meses, que resultaram na apreensão de quase uma tonelada de cocaína. A droga era proveniente da Bolívia, por meio aéreo e terrestre, e distribuída em diversas partes do País, especialmente no interior do Estado de São Paulo.



A droga, que permanecia em fazendas no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás até ser distribuída, também era enviada para os Estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. O tráfico era realizado, basicamente, por quatro grandes quadrilhas, sendo três delas internacionais.
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,mp-sp-denuncia-115-por-trafico-internacional-de-drogas,341505,0.htm

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Governo estuda "lei seca" dos remédios

Governo estuda "lei seca" dos remédios
30/08/2008 | 09:37 | Agência Estado
Depois da punição para quem mistura álcool e direção, o Ministério das Cidades estuda agora uma "lei seca" para usuários de remédios no País. A proposta do ministro Márcio Fortes já foi encaminhada ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), às Câmaras Técnicas e ao Comitê de Saúde e Segurança no Trânsito. A idéia é incluir um dispositivo na legislação que imponha restrição a motoristas que tomam determinados medicamentos, em especial os psicotrópicos (de venda controlada).
O argumento é de que essas medicações alteram o sistema nervoso e potencializam o risco de acidentes. "O primeiro passo é levantar o debate. Abrimos processo de consulta pública, para que médicos, especialistas em trânsito, parlamentares e a sociedade contribuam com a elaboração", afirma Fortes. "Antes da restrição para motoristas alcoolizados sair do papel, foi muito tempo de discussão. É isso que vamos fazer, para então definir se o projeto sobre os medicamentos será por meio de resolução, portaria ou lei.
O ministro já defende até um slogan para a campanha: "Se tomar remédio não dirija." Fortes lembra que as recomendações das próprias bulas dos fármacos já alertam sobre o perigo. "Muitas pessoas tomam medicamentos, mas nunca leram a bula. Antialérgicos e antiinflamatórios, por exemplo, comprometem a capacidade de reação das pessoas", justifica Fortes, que levanta uma "bandeira pessoal" na causa. Em 2004, seu filho de 22 anos morreu após capotar o carro em uma avenida movimentada do Rio
"Até hoje a discussão sobre o tema é escassa", afirma o ministro apesar de reconhecer que um dos desafios para a proposta vingar é a fiscalização. Não há equipamentos que detectem a presença de substâncias químicas no organismo dos motoristas, como acontece com o álcool em relação ao bafômetro. "E lei só pega quando a fiscalização é forte." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=803344&tit=Governo-estuda-lei-seca-dos-remedios

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

SEMINÁRIO DISCUTE AS DROGAS NA ATUALIDADE

SEMINÁRIO DISCUTE AS DROGAS NA ATUALIDADE


O tema drogas tem sido amplamente discutido na atualidade, não apenas por causa da onda de criminalidade, mas pelo efeito que ela proporciona na vida das famílias no mundo. O tema, ministrado pela psicóloga Ilham El Maerrawi Khater, da Rede de Redução de Danos, foi debatido na tarde de hoje por um auditório lotado de pais e professores. Conforme Ilham, inúmeras pesquisas têm mostrado que um dos principais motivos que levam os adolescentes a experimentar as chamadas drogas ilícitas, como a maconha e a cocaína, é a curiosidade pelas sensações. Uma segunda causa, muito citada pelos adolescentes usuários de drogas, é a necessidade de aceitação pelo grupo de amigos. “Praticamente todos os jovens têm vontade de transgredir. E a influência dos amigos e do meio ajuda muito. Por isso é preciso que os pais participem mais da vida dos nossos filhos”. Problemas familiares, fuga da realidade e a busca de prazer, a falta de perspectiva e de políticas públicas também foram apontados pela palestrante como grande impulsores para a utilização de drogas. Ela ainda afirmou que quase 15% da população da região Sul já experimentou algum tipo de droga como maconha e solventes. “As drogas lícitas são as que mais causam dependência. O fato de os pais beberem ou fumarem torna esses produtos acessíveis à criança que, também por curiosidade, acaba experimentando-os”, completou. Ilham disse que diante desse quadro não é possível se fazer prevenção, pois isso é feito antes da primeira experiência. “Para garantir a cura de um jovem vai depender de como chegar nele. É preciso calma e muito amor. Para proteger nossos jovens é preciso lhes proporcionar uma vida digna”, finalizou. Por Graziela May Pereira/Alesc.
Fonte: Jornal Absoluto

sábado, 30 de agosto de 2008

Pais ignorantes, filhos que abusam das drogas

Pais que falham em monitorar as atividades de seus filhos em idade escolar e deixam medicamentos controlados em locais de fácil acesso são grandes contribuintes para o abuso de drogas juvenil, de acordo com uma nova pesquisa. O relatório é baseado numa pesquisa que olha para os “pais problema” – que facilitam que seus filhos adolescentes fumem, bebam álcool ou usem drogas ilegais e medicamentos porque não sabem onde seus filhos estão durantes as noites dos dias da semana – falham em deixar os medicamentos controlados fora do alcance e não falam sobre os perigos do abuso de drogas e do álcool.

O relatório foi baseado em uma pesquisa conduzida pela Universidade de Columbia, EUA.

Entre as maiores descobertas da pesquisa:

Quase metade dos adolescentes entre 12 e 17 anos disseram que freqüentemente saíam de casa para ficar com os amigos durante os dias da semana, mas apenas 14% dos pais disseram que seus filhos faziam isso.

Um terço dos adolescentes que tinham amigos que abusavam de medicamentos prescritos disseram que seus amigos conseguiram as drogas no armário de remédios em casa e outro terço disse que amigos ou colegas facilmente poderiam fornecê-los.

Um em cada quatro adolescentes disse que sabia que um dos pais de um colega (ou que conheciam um amigo) que fumava maconha e 10% disse que esses pais fumavam maconha com adolescentes.

Pela primeira vez mais adolescentes disseram que drogas farmacêuticas eram mais fáceis de conseguir do que cerveja. A percentagem de adolescentes que considerava as drogas prescritas como a mais fácil aumentou 46% em apenas um ano.

“As crianças estão conseguindo essas drogas em casa ou na casa de amigos, mas há uma tremenda desconexão ou negação com os pais sobre isso”, disse Joseph A. Califano Jr., um dos responsáveis pela pesquisa.

Outra pesquisa também revelou uma grande lacuna entre os comportamentos dos adolescentes e o conhecimento dos pais sobre esses comportamentos. Mais de sete em cada dez adolescentes disse que o estresse na escola era a causa mais importante para esses comportamentos e apenas 7% dos pais reconheceu que essa poderia ser a causa possível para abuso de drogas por parte dos filhos.

Um em cada cinco adolescentes da pesquisa disse que havia abusado de drogas farmacêuticas e 41% consideraram essas drogas mais seguras do que drogas ilegais. Existem mais de 40 medicamentos de prescrição que podem ser usadas dessa maneira.

Uma dica útil seria que os pais fizessem um inventário dos medicamentos prescritos que existem em cada e jogassem fora os vencidos, especialmente sedativos, tranqüilizantes, analgésicos e drogas para déficit de atenção. Os pais também devem considerar fechar com chave quaisquer drogas que possam ser abusadas. ...

"Pergunte a eles [os adolescen$tes] o que eles pensam sobre o que ocorreu com o ator [que faz o Coringa no novo filme do Batman e que morreu de overdose] e ouçam-nos de verdade. Conversas assim fazem a diferença. Você não se deve tentar assustá-los com um longo monólogo, mas sim ter várias conversas mais curtas e não tão amedrontadoras."
Fonte: http://vida-em-familia.blogspot.com/2008/08/pais-ignorantes-filhos-que-abusam-das.html

terça-feira, 5 de agosto de 2008

REUNIÃO NA CAPITAL DISCUTE AS MANEIRAS ...

REUNIÃO NA CAPITAL DISCUTE AS MANEIRAS E OS MÉTODOS INTEGRADOS DE PREVENÇÃO ÀS DROGAS

Trabalhar a prevenção de forma integrada e com a participação de segmentos representativos do governo, sociedade e ONGs. Esta foi a pauta da reunião do dia 31, na Secretaria de Segurança Pública e Defesa do Cidadão (SSP), que envolveu, pela primeira vez, representantes da Saúde, Educação, Proerd, Conselho Estadual de Entorpecentes (Conen/SC), e ONGs. “Trabalhar a prevenção é a melhor receita para criarmos um cidadão ao invés de um olheiro do tráfico”, disse o secretário Ronaldo Benedet. O secretário explicou que, na Segurança Pública, o trabalho de prevenção é feito pelo Proerd, o Programa Educacional de Resistência às Drogas e a Violência. Em 10 anos, o programa já formou cerca de 600 mil estudantes catarinenses, da faixa etária dos sete aos 14 anos, que receberam informações e orientações sobre os malefícios das drogas. “Pelo menos estes estudantes já estão vacinados contra as drogas”, comentou o coordenador do programa em Santa Catarina, tenente-coronel Nazareno Marcineiro.

Benedet também acredita que uma efetiva integração entre todos os segmentos vai permitir uma melhora na orientação e prevenção ao jovem. Durante a reunião, o secretário lembrou que só este ano, em Florianópolis, dos 54 homicídios registrados mais de 80% têm relação direta ou indireta com o tráfico de drogas. Já a presidente do Conen/SC, delegada Sandra Mara Pereira, que também reponde pela 6ª DP, que é especializada no atendimento à mulher, criança e adolescente infrator de Florianópolis, apresentou dados estatísticos que colocam Florianópolis como a cidade com maior número de registro de autos de infração de adolescentes – foram 1.000 até junho deste ano. Em seis meses, foram 60 apreensões de adolescentes infratores. A secretaria da Saúde, Carmem Zanotto, aposta na readequação dos 60 centros de atenção psico-sociais (CAPs), responsáveis pelo atendimento aos dependentes químicos. A secretaria também planeja reestruturar o funcionamento de 56 hospitais de pequeno porte que vão passar a oferecer atendimento de qualidade na área da prevenção.

Escola Aberta - O projeto Escola Aberta, que mantém unidades educacionais abertas à comunidade aos finais de semana, também foi assunto na reunião. Para o secretário da Segurança Pública, seria interessante se as escolas de regiões conflagradas, como a Grande Florianópolis, por exemplo, abrissem seus portões aos finais de semana dando permitindo que membros das comunidades pratiquem algum esporte, ou produzam artesanato e até mesmo assistam palestras sobre ética e cidadania. O Estado de São Paulo apostou nesta idéia e já vem colhendo os primeiros resultados positivos. Há 15 dias, mais de 300 escolas paulistanas abriram seus portões no final de semana. “Já foi o suficiente para se registrar uma queda nos indicadores de criminalidade da maior cidade do país”, assinalou Benedet, que também entende que o sistema educacional pode e deve contribuir de forma sistemática com o trabalho de prevenção às drogas. Aposta na idéia de inserção de conteúdos relacionados à temática nas disciplinas curriculares. Ao final do encontro, foi criada uma comissão, formada por oito representantes das instituições envolvidas na questão. A meta é que esses membros façam um detalhamento das necessidades, para que se possa formular uma política de prevenção aos jovens e aos dependentes químicos e usuários de drogas. Participaram do encontro, a secretária da Saúde, Carmem Zanotto, representantes da Secretaria da Educação, o diretor de Integração da SSP, Eliseu de Souza, o coordenador do Proerd em SC, tenente-coronel Nazareno Marcineiro, a presidente do Conselho Estadual de Entorpecentes, delegada Sandra Mara Pereira, e o diretor da ONG Cidade Futura, José Paulo Teixeira
fonte: Jornal Absoluto - 04/08/2008

terça-feira, 22 de julho de 2008

SÁBADO DA SOLIDARIEDADE FOI UM SUCESSO ABSOLUTO

SÁBADO DA SOLIDARIEDADE FOI UM SUCESSO ABSOLUTO
O 5° Sábado da Solidariedade, que aconteceu sábado no Shopping Center Breithaupt, foi sucesso absoluto, superou o número de pessoas e a satisfação do público em geral. Cinco entidades foram beneficiadas: APAE, AMA, Novo Amanhã, Rede Feminina de Combate ao Câncer e Casa de Apoio Padre Aloísio Boeing, consideraram o evento amplamente positivo, pois o objetivo foi a arrecadação de verba para as mesmas. Neste ano o evento contou com a participação de 1.800 pessoas, superando em quase 50% o público do ano anterior, e consolidando o evento como a maior macarronada de Santa Catarina. Realizado pelas Lojas e Supermercados Breithaupt e o Shopping Center Breithaupt, com o apoio da Parati, Bretzke e Betthavale, e colaboração dos voluntários das entidades e da UNERJ. Com o encerramento deste evento, o Grupo Breithaupt coroa mais uma ação social realizada com sucesso em 2008. Neste ano já foram realizadas as campanhas de arrecadação de material escolar e de agasalhos, além de inúmeros projetos sociais difundidos pelo estado. O objetivo do Grupo Breithaupt é estimular e servir de elo entre as necessidades sociais e toda a comunidade; propondo assim um desenvolvimento de toda a região onde atua. As Lojas e Supermercados Breithaupt e o Shopping Center Breithaupt agradecem o apoio de seus fornecedores, a participação das entidades, a colaboração de voluntários e toda a sociedade.
Fonte: Jornal Absoluto

quinta-feira, 10 de julho de 2008

A epidemia do crack em Jaraguá

A epidemia do crack em Jaraguá
Aumento no comércio e consumo da droga preocupa autoridades da cidade
"O crack virou uma epidemia." A frase do ex-usuário e atualmente monitor de uma casa de recuperação, é respaldada pelos números. Neste ano, até o final do mês de junho, a Polícia Militar de Jaraguá já havia apreendido 5.467 pedras de crack. Se for considerar que cada pedra tem de duas a cinco gramas, são mais de 16 kg da droga, quase quatro vezes mais do que a quantidade de maconha apreendida no mesmo período.

A Polícia Civil considera o crack como o maior problema quando o assunto é drogas em Jaraguá do Sul. O delegado Uriel Ribeiro diz que são três os motivos para o crescimento do consumo da droga. Em primeiro lugar o preço, já que ela é relativamente mais barata que as demais: custa entre R$ 5 e 10 cada pedra. Outro ponto é que são fáceis de esconder, o que facilita o tráfico e o transporte. Por fim, ele cita o alto poder viciante da droga. Em relação aos traficantes, Uriel diz que a maioria deles é usuária que entrou no comércio para sustentar o vício. "A maior parte dos traficantes e usuários são pessoas de baixa renda", diz o delegado.

O comandante da Polícia Militar, César Roberto Nedochetko, também considera o crack como o principal produto do tráfico na cidade. Para ele, o problema só será resolvido se for dada mais atenção à prevenção. A PM de Jaraguá mantém ativo o Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd), que promove palestras instrutivas nas escolas da cidade. Além disso, o comandante destaca que a repressão ao tráfico e a recuperação dos usuários deve ser efetiva. "A maioria dos usuários é gente pobre, que não tem como pagar o tratamento em uma clínica", disse.

A psicóloga Dayane Cristine Krüger, especialista no tratamento de dependência química, diz que o crack é uma droga que não vê idade nem classe social, já que atualmente muitas pessoas de classe média e alta estão aderindo ao consumo. Segundo ela, a maioria dos usuários tem em seu histórico a falta de estrutura familiar. "Muitas vezes vemos pais carinhosos e protetores sofrendo por terem um filho viciado e se perguntando como isso foi acontecer. A resposta é uma só: falharam na hora de impor limites", explica. Ela diz também que os jovens começam a usar a droga pelo instinto de busca do prazer e acabam perdendo o controle da situação. Sobre o tratamento, Dayane fala que é necessário um trabalho em conjunto entre médicos, psicólogos, família e grupos de apoio.

fonte: http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2026738.xml&template=4187.dwt&edition=10215§ion=902

quarta-feira, 25 de junho de 2008

ÁLCOOL ZERO

INCLUSIVE PRESTEM ATENÇÃO NA HORA DE UM SINISTRO, PORQUE ISTO ACARRETARÁ A NÃO INDENIZAÇÃO PELA SEGURADORA, AGORA NÃO TEM COMO ESCAPAR.

Foi sancionada a lei "ÁLCOOL ZERO" . Essa lei prevê que não será permitida nenhuma "gota" de álcool no organismo, e as penalidades serão impostas no ato da infração pela autoridade policial.

A partir de 20/06/2008 sexta-feira é proibido ingerir qualquer quantidade de bebida alcoólica antes de dirigir.
Penalidade:
* será considerado uma infração gravíssima (7 pontos)
* multa de R$ 957,00
* suspensão do direito de conduzir por um ano (SEM CARTEIRA NÃO TEM COMO DIRIGIR VEÍCULO SEGURADO).
* à retenção do veículo.
Alguns Casos em que será aplicada a penalidade:

* dirigir sob a influência de qualquer quantidade de álcool * condutor envolvido em acidentes de trânsito sob qualquer nível de Álcool
* parado em blitz que se recusar a se submeter a testes de nível alcoólico

A lei valerá em todo o território nacional, ou seja, incluirá estradas federais, estaduais e até mesmo as ruas das cidades.

Determina ainda prisão em flagrante para o motorista que provocar acidente com vítima estando alcoolizado, participando de racha, conduzindo veículo em acostamento ou na contramão, ou ainda em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h. Nessas situações, o caso não será enviado a juizado especial, e o condutor perderá o direito ao pagamento de fiança.

A autoridade policial pode reter o veículo e recolher a carteira de motorista, inclusive daqueles que preferirem não utilizar o bafômetro.
Fonte: Sales Corretora -
salescorretora@ibest.com.br

sábado, 21 de junho de 2008

Lula sanciona lei que proíbe venda de bebida alcoólica em zona rural


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou nesta quinta-feira (19), o Projeto de Lei de Conversão 13/2008, que proíbe a venda de bebidas alcoólicas ao longo dos trechos das rodovias federais nas áreas rurais. A cerimônia, no Palácio do Planalto, marcou a abertura da X Semana Nacional Antidrogas, da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), que neste ano tem como tema “Prevenção na Comunidade”.

Atualmente, somente motoristas com mais de 0,6 gramas de álcool por litro de sangue são punidos. Com a Lei, publicada nesta sexta-feira (20), no Diário Oficial da União (DOU), motoristas flagrados com qualquer teor de álcool no organismo receberão punições. A infração, considerada gravíssima, será punida com multa e suspensão do direito de conduzir por um ano.

“Sei que essa medida contraria alguns interesses, mas beneficia o conjunto da sociedade, além de desestimular o consumo de álcool é preciso dificultar o acesso às bebidas, principalmente para jovens e crianças”, disse Lula durante a cerimônia.

A nova lei resulta de um projeto de conversão da Medida Provisória (MP) 415, em vigor desde janeiro.

Premiação
Durante a solenidade, o presidente também entregou os prêmios aos ganhadores dos concursos de cartazes, fotografia, jingles e monografia. Também foram lançados dos projetos em parceria com o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).

Um deles é o “Fé na Prevenção”,dirigido à capacitação de lideranças religiosas e movimentos afins, que prevê capacitar 15 mil pessoas em três anos e será desenvolvido com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), apresentado pela secretaria adjunta antidrogas, Paulina Duarte.

Também foi entregue pelas mãos do ministro da Justiça, Tarso Genro um instrumento de aferição de álcool no sangue de motoristas ao Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal, inspetor Hélio Cardoso Derene. A entrega faz parte do projeto desenvolvido em parceria pela Senad e o Núcleo de Estudo e Pesquisa em Trânsito e Álcool da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) que consiste em equipar, em um prazo de três anos, todas as viaturas da Polícia Rodoviária Federal (PRF), com instrumento de aferição de álcool no sangue de motoristas.

O projeto prevê o treinamento dos policiais para a adequada utilização do instrumento, bem como para a abordagem e encaminhamento dos motoristas que apresentarem álcool no sangue também faz parte do projeto.

Fonte: http://www2.obid.senad.gov.br/portais/OBID/boletim/7624/noticia/101726.html

terça-feira, 17 de junho de 2008

MAIS TRÊS TRAFICANTES PRESOS PELA POLÍCIA MILITAR DE JARAGUÁ DO SUL

MAIS TRÊS TRAFICANTES PRESOS PELA POLÍCIA MILITAR DE JARAGUÁ DO SUL

Na tarde de ontem, 15 de junho, guarnições da Agência de Inteligência e do Rádio-patrulhamento do 14º Batalhão de Polícia Militar detiveram três traficantes e apreenderam certa quantidade de crack e maconha, além de objetos oriundos da comercialização das substâncias entorpecentes.
Por volta das 13h29min as guarnições procederam a abordagem do veículo Fiat Brava placas KIT 1646, de São José – SC, tendo como condutor V.S.A., 28 anos, com o qual foram encontradas três pedras de crack, e como carona J.S.P., 22 anos, com quem foi encontrado um torrão de maconha, sendo que ao serem indagados confirmaram terem adquirido a droga de um indivíduo conhecido por “PEU”, seguindo então as guarnições até a residência de J.C.R., 38 anos, vulgo “Peu”, onde foram encontrados aproximadamente 35 gramas de maconha, duas pedras de crack, oito bicicletas e vários objetos provenientes do tráfico. “Peu” confessou a prática do comércio de entorpecentes e em sua residência foi detida também R.A.A., 32 anos, vulgo “Rose”, que confessou morar com “Peu” e revender entorpecentes pra o mesmo. Com o monitoramento do telefone do agente “Peu” foi descoberto que o fornecedor dos entorpecentes era E.P., 28 anos, vulgo “Nei”, que ao tentar entregar uma encomenda foi abordado e com ele encontradas 45 pedras de crack prontas para o comércio e uma pedra de dez gramas. “Nei” confessou fornecer o entorpecente e que em sua residência estaria estocada grande quantidade, sendo que as guarnições então deslocaram até a referida residência, lá encontrando 48 pedras preparadas para consumo e 390 gramas da droga divididos em pedras de 10 e 20 gramas, o que renderia para o consumo cerca de 1.590 pedras. Foram encontrados também na residência de “Nei” uma balança de precisão e um aparelho de DVD, este objeto do comércio de entorpecentes.
No total, esta ação resultou na apreensão de 98 pedras de crack prontas para o consumo, 390 gramas de crack em pedras grandes e 35 gramas de maconha.
Os três agentes foram presos em flagrante delito pelo crime de tráfico de drogas e associação para o tráfico, sendo encaminhados à Delegacia de Polícia da Comarca de Jaraguá do Sul juntamente com o material apreendido para a lavratura do auto de prisão em flagrante.
Fonte: 14° Batalhão de Polícia MilitarBatalhão “Ten. Cel. Leônidas Cabral Herbster”Rua Gustavo Hagedorn, nº 880 – Bairro Nova BrasíliaJaraguá do Sul – SC89252-265Fone/fax: (47) 3371-9911

terça-feira, 10 de junho de 2008

Substância pode acabar com vício em álcool ao atuar sobre o cérebro

Fator de crescimento de origem natural foi injetado no tecido neuronal de ratos.

Roedores não voltaram a beber álcool mesmo depois de viciados, afirma estudo.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Francisco (Costa Oeste dos EUA) tornaram realidade o que provavelmente é o sonho de todas as pessoas que já tiveram um alcoólatra na família: acabar com o vício em álcool com uma única injeção. Por enquanto, o feito só aconteceu em ratos, mas o trabalho traz esperanças de que seja possível conseguir o mesmo com pacientes humanos.

A substância responsável pelo aparente milagre é conhecida pela sigla GDNF. Trata-se de um fator de crescimento essencial para a formação dos rins e dos neurônios motores (responsáveis pelos movimentos do corpo), além de atuar diretamente sobre o cérebro. Além disso, o GDNF também pode estar envolvido com a região do cérebro que é afetada pelo vício em álcool e outras drogas, como cocaína e morfina.

Na pesquisa, os pesquisadores da Califórnia, liderados por Sebastien Carnicella, usaram microinjeções de GDNF nessa região e observaram que a substância fazia com que os ratos diminuíssem sua ingestão de álcool. Ratos que anteriormente tinham sido viciados na bebida não voltavam a tomá-la mesmo com oferta abundante se tinham recebido as injeções. No entanto, os bichos não deixavam de gostar de açúcar, o que sugere que o GDNF não interfere na capacidade geral dos bichos de sentir prazer.

A esperança, agora, é tentar trasferir os achados para humanos. A pesquisa está na edição desta semana da revista científica americana
"PNAS".

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Empresas estão dispostas a ajudar funcionários a parar de fumar

A maioria dos empregadores (98%) e dos funcionários (95%) de empresas brasileiras considera inaceitável fumar no ambiente de trabalho. É consenso que os fumantes desperdiçam cerca de 40 minutos por dia, durante o expediente, fumando uma média de meio maço de cigarros. A boa notícia é que os empresários brasileiros estão no topo da lista quando o assunto é ajudar seus colaboradores a largar o vício, com índice de 87%, perdendo somente para os indianos (91%).Isso pode ser positivo para os 42% dos entrevistados motivados a parar de fumar, de acordo com a pesquisa Global Workplace Survey, encomendada pela Pfizer e conduzida pela Harris Interactive, empresa independente especializada em pesquisa de mercado na área da saúde.O estudo contou com a participação de 4.918 pessoas, de 14 países (Brasil, China, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, Polônia, Coréia do Sul, Espanha, Suécia, Tailândia, Turquia e Reino Unido).Uma das principais constatações é que a taxa de sucesso do auxílio das empresas quanto à desistência do vício entre funcionários aumenta em seis vezes com o auxílio médico. Isso porque o especialista traça um tratamento adequado e individualizado a cada paciente, estabelecendo metas e prazos reais para a cessação do cigarro.Tabagismo prejudica trabalhoEnquanto somente 35% dos funcionários conferem ao tabagismo prejuízos financeiros para a organização, essa porcentagem é de 63% entre os empregadores. Além disso, 44% dos empregados admitem que aqueles que não fumam são mais produtivos, percentual este bem superior entre empresários: 80%.Não é à toa que uma pesquisa da Catho intitulada "A contratação, a demissão e a carreira dos executivos brasileiros", realizada em 2007, mostrou que uma das objeções mais comuns à contratação é o fato de o profissional ser fumante: 48,35% dos diretores e presidentes têm muita objeção aos que fumam, enquanto entre gerentes e supervisores esse percentual é de 46,75%.Por que os profissionais fumam?Os dados mostram que 82% dos profissionais fumam para aliviar o estresse. Um quarto deles (25%) está tentando parar de fumar e 76% dos fumantes entrevistados já fizeram duas tentativas.Apesar da força de vontade ser o método preferido pelos fumantes, com 79% dos votos, metade deles (51%) admite que a melhor forma de ajudá-los seria oferecer assistência médica. No entanto, mais da metade afirma que o plano de saúde não cobre as despesas e as consultas relacionadas ao vício.Ambas as populações entrevistadas (empregado e empregador) concordam que ter um ambiente de trabalho livre do tabaco, proporcionar espaço para fumódromos e políticas internas contra o tabaco ajudam, mas não são suficientes para obter sucesso na luta contra o vício. A conclusão é que as empresas necessitam ser mais proativas neste sentido, desenvolvendo tanto programas educacionais quanto assistenciais.
Fonte: http://www.administradores.com.br/noticias/empresas_estao_dispostas_a_ajudar_funcionarios_a_parar_de_fumar/15502

terça-feira, 3 de junho de 2008

COMO O CRACK AGE NO ORGANISMO

fonte: http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a1929026.xml&template=4187.dwt&edition=9992&section=891

Como detectar se alguém está usando drogas

Como detectar se alguém está usando drogas
As marcas para descobrir se alguém está usando drogas na família ou no círculo de amigos são facilmente percebidas se existe diálogo e uma relação aberta. Quando falta conversa, também há sinais que podem ajudar pai, mãe, irmão ou avó e avô a descobrir o uso e tentar ajudar o viciado a livrar-se da dependência.Além da devastação no organismo (veja quadro), o comportamento avisa. Há visível mudança física, que inclui perda de peso acentuada, em especial nos usuários de cocaína e crack - os "crackeiros" ainda sofrem de envelhecimento precoce e pele ressecada.O consumo de drogas deixa o usuário retraído, deprimido, cansado e até descuidado em sua aparência. Um teste da Associação Espaço Comunitário Comenius, de São Paulo, orienta a observar o estilo da pessoa - se ficou agressiva, adotou atitudes violentas e se mudou de amigos.Para Maria Cecília Heckrath, coordenadora do setor de álcool e drogas da Secretaria de Estado da Saúde, não há fórmula segura para detectar o consumo de drogas, mas é comum perceber o uso se a família tem diálogo. "Quando os pais são distantes ou a família é desestruturada fica difícil. Aí os pais só percebem quando encontram droga no bolso do filho", diz Maria Cecília, que trabalhou mais de dez anos no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) da Capital.
Sinais que podem indicar consumo de drogas
Especialistas apontam que o conjunto desses fatores pode indicar o consumo de drogas:
- O jovem anda retraído, deprimido, cansado e descuidado do aspecto pessoal (com cabelo e barba por fazer e unhas sujas e mal cuidadas), agressivo, com atitudes violentas.
- Quando a pessoa muda radicalmente o grupo de amizades. Se estuda, mostra dificuldades na escola e perde o interesse por passatempos, esportes e hobbies. Se trabalha, começa a faltar e ficar relapso.
- O usuário muda seus hábitos alimentares, deixa de se alimentar com freqüência e passa a sofrer com distúrbios de sono.
- Usa desodorantes para disfarçar cheiro, fica com os olhos vermelhos, as pupilas dilatadas e usa colírios.
- Mantém conversas telefônicas com desconhecidos, começa a sumir com objetos de valor na casa.
- Adota mudanças no visual, usa roupas sujas e faz apologia a drogas.
- No caso da maconha, quando há caixas de fósforos furadas no centro, ou piteiras e cachimbos, que permitem fumar o cigarro de maconha até o final sem queimar os dedos ou os lábios; papel de seda (para enrolar a droga); tem manchas amareladas entre as pontas dos dedos e queimaduras e há cheiro nos lençóis.
- No caso da cocaína, encontrar cartões de crédito e lâminas (para pulverizar o pó) e canetas sem carga (para aspirar) são sinais de uso.
- Também é importante perceber se o nariz da pessoa sangra com freqüência ou apresenta corizas, se apresenta dificuldade para falar, se gasta mais dinheiro e sai mais de casa, ou passa noites insones.
Apoio
Onde buscar tratamento
www.ssp.sc.gov.br/conen/comunidades.htm
Onde buscar ajuda
www.ssp.sc.gov.br/conen/grupos.htm


DIOGO VARGAS FLORIANÓPOLIS
diogo.vargas@an.com.br

A falta de espaços para tratamento

A falta de espaços para tratamento
Secretário de Saúde admite que profissionais da área não estão treinados para atender a usuários de drogas

Os hospitais resistem em abrigar pacientes infratores e usuários de drogas, em especial do crack. Na terceira e última reportagem da série "Os prisioneiros do crack", "A Notícia" mostra que esse é um dos fatores que piora a falta de tratamento para dependentes químicos em Santa Catarina.O secretário estadual da Saúde, Luiz Eduardo Cherem, reconhece a dificuldade para ampliar a capacidade hospitalar e de internação desses pacientes. Mas ele prefere não explicitar as razões. "É difícil encontrar, por exemplo, um município que queira um Centro de Internamento Provisório (CIP)", lamenta Cherem, que apesar disso afirma estar próximo de assinar convênio com mais três hospitais particulares para tratar usuários de drogas.A resistência das instituições deve-se principalmente ao fato de o usuário do crack ser considerado um paciente problemático. A coordenadora do setor de álcool e drogas da Secretaria de Estado da Saúde, Maria Cecília Heckrath, constatou que profissionais da saúde, principalmente da rede ambulatorial do Sistema Único de Saúde (SUS) e da educação, precisam ser capacitados para aprenderem a lidar com o "crackeiro"."Os serviços não acompanharam o atendimento dessa demanda, que do ano passado para cá tornou-se mais visível", observa Maria Cecília. Ela sugere uma mobilização interinstitucional entre órgãos da saúde, educação, segurança, assistência social e a sociedade para conter o problema.A Secretaria de Estado da Saúde não tem estatísticas de overdose ou mortes por crack em SC, o que dificulta as ações de prevenção. Para agravar a situação, 36 conselhos municipais de entorpecentes, os Comens, estão desativados por falta de incentivos.Pós-graduado em dependência química, o psiquiatra Marcos Zaleski, do Instituto de Psiquiatria de SC, calcula que o tratamento ideal de um paciente de crack leve um ano. A recaída está presente na maioria das vezes, o que exige o prolongamento do tempo.Segundo ele, há necessidade de isolar esse tipo de usuário por dez dias, pois a fissura pela droga é alta. Zaleski atendeu casos de quem já consumiu até 40 pedras num único dia. Além de convulsões, ataques cardíacos e lesão cerebral, há riscos de delírios, surtos psicóticos, hepatite e overdose.( diogo.vargas@an.com.br )
DIOGO VARGAS FLORIANÓPOLIS
Fonte: http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a1929025.xml&template=4187.dwt&edition=9992&section=891

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Criminalidade caiu desde que a lei das bebidas alcoólicas entrou em vigor

Ocorrências policiais caem 10%
Criminalidade caiu desde que a lei das bebidas alcoólicas entrou em vigor

GUARAMIRIM

Quatro meses após entrar em vigor, a lei que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas em vias e logradouros públicos de Guaramirim já começa a mostrar resultados positivos. Nessa semana, a Polícia Militar de Guaramirim informou que o índice de criminalidade caiu cerca de 10% no município entre janeiro e abril deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.
O comandante da 2ª Companhia do 14º Batalhão, capitão Rogério Vonk, ressaltou que a redução se refere às ocorrências de crimes e contravenções relacionadas à embriaguez como perturbação do sossego alheio, ameaças, lesões corporais e vandalismo. De janeiro a abril de 2007 foram registradas 297 ocorrências do gênero. No mesmo período deste ano, foram 268. Vonk acrescenta que a PM espera que os registros policiais reduzam em torno de 10% ao mês.
Em Jaraguá do Sul, tramita na Câmara de Vereadores projeto semelhante, protocolado pela presidente da Câmara, Maristela Menel, em fevereiro deste ano. De acordo com ela, a única diferença com a lei em vigor na cidade vizinha até o momento é uma emenda proposta pelo vereador Terrys da Silva que proíbe também a realização de festas públicas, como a Stammtisch. A lei aprovada em Guaramirim dispõe que eventos públicos podem ser realizados desde que o consumo de bebidas alcoólicas seja autorizado pela Prefeitura.
A idéia de criar uma lei proibindo o consumo de álcool em locais públicos nasceu numa reunião entre o capitão Vonk e lideranças do Clic (Conselho de Líderes Comunitários) e do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança). A lei dispõe que o infrator é orientado a encerrar o consumo de bebida ou retirar-se do local, e que o descumprimento "sujeitará o infrator a multa de 10 UFM (Unidade Fiscal Municipal)", cerca de R$ 500.


Audiência pública
A presidente da Câmara, Maristela Menel, disse que na próxima semana deverá ser agendada uma audiência pública sobre o projeto, que deve ir à votação em seguida. A Câmara de Vereadores também publicou, em seu site, uma enquete sobre o assunto. Para participar, basta acessar o
www.cmjs.sc.gov.br e clicar na janela do lado direito da tela.O comandante do 14º Batalhão de Polícia Militar, César Nedochetko, destaca que as ocorrências relacionadas à embriaguez correspondem a cerca de 30% do total de registros. Ano passado, a PM atendeu em torno de 1.200 casos somente de perturbação do sossego alheio. "Se entrar em vigor no município, esperamos que o número de ocorrências relacionadas ao consumo de álcool reduza em torno de 20%", calculou.

Daiane Zanghelini

Fonte: Jornal O Correio do Povo, edição de 24 e 25 de maio de 2008

CASA DE TRAFICANTE VIROU SALVAÇÃO

O que na década de 80 foi reduto de criminoso hoje é esperança de vida para dependentes químicos
Os muros altos para esconder o casarão, piscina, campo de futebol, área verde, em região afastada do Centro, no bairro Rio Vermelho, em Florianópolis, guardavam a história de um lendário traficante brasileiro que se refugiou em Santa Catarina nos anos 80: Paulinho da Matriz, do Comando Vermelho (CV) carioca, encontrou na capital catarinense o recanto ideal para fugir da polícia e expandir os negócios ilícitos.Naquele tempo, Paulinho da Matriz figurava na lista dos bandidos mais perigosos do País, ao lado de José Carlos Reis Encina, o "Escadinha", Dênis da Rocinha e Meio-quilo. Era a partir deles que o tráfico firmava suas ações no Rio de Janeiro e dominava as favelas. Dizem moradores do Leste da Ilha, onde fica a casa, que Matriz mandou fazer até uma pequena pista de pouso no mato em frente para receber aviões com drogas. Outro boato é de que mantinha uma onça no pátio.O traficante foi preso pela Polícia Federal em 1986. Armas e bebidas foram encontradas na casa. Anos depois, solto, morreu em confronto com a polícia no Rio. "Era um líder de favela no Rio que veio se esconder aqui. Tinha poder econômico e comprou muitos terrenos na cidade", lembra o delegado licenciado da PF, Ildo Rosa.Vazio, o casarão foi ocupado por voluntários do Grupo de Apoio e Prevenção à Aids (Gapa) e passou a receber portadores do HIV, a maioria infectada pelo uso compartilhado de seringas. Há 15 anos, a casa do traficante virou salvação para dependentes químicos e hoje abriga o Lar Recanto da Esperança. Já a área em frente, de 53 mil metros quadrados, continua sem uso.Acácio Mello Filho, 43 anos, diretor administrativo, é um dos que se engajaram desde a ocupação do lugar na tentativa de devolver o valor da vida aos usuários de drogas. O lar regularizou-se, mantém 44 pacientes, 90% deles são prisioneiros do crack. O Figueirense Futebol Clube contribui com a entidade.Corrimão, Placa, Begor e Caixote, personagens cujas vidas foram devastadas pelo crack, conforme "AN" mostrou ontem, são alguns dos internos dispostos a largar o vício. "Eles estão aqui porque querem. As portas ficam abertas para quem quiser sair. Ninguém veio forçado, mas porque chegou ao fundo do poço", diz o diretor. Na casa, os pacientes se ocupam na horta, atividades rurais e esportivas, cozinha e oração. Recebem acompanhamento médico e odontológico.O diretor Acácio está assustado com o crack e a violência que envolve os usuários. Soube de casos em que fumam com restos de catalisadores de veículos (tubo de escapamentos). Os pacientes, conta, chegam alterados, e as doenças mais comuns são hepatite e do pulmão. Carlos Roberto da Rosa, 37 anos, foi paciente e hoje atua como supervisor. Tornou-se exemplo de superação aos que chegam. "Continuo na luta e atribuo minha recuperação a Deus e ao trabalho que é feito aqui", frisa.

diogo.vargas@an.com.br
DIOGO VARGAS FLORIANÓPOLIS
Fonte: Jornal a noticia 02/06/2008

http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a1924899.xml&template=4187.dwt&edition=9984&section=891

O INFERNO DO CRACK


Consumo da droga que aprisiona usuário na primeira experiência rompe as barreiras policiais e se torna um problema de saúde pública
Uma epidemia aos poucos devassa vidas em Santa Catarina. Médicos especialistas, voluntários de clínicas terapêuticas, servidores da saúde e da segurança pública estão alarmados com o crescimento da dependência do crack entre crianças, jovens e adultos.A droga barata - um subproduto da cocaína - , de fácil acesso, sem cheiro, de efeito imediato, aprisiona pacientes e seus familiares, e expõe as fragilidades do controle a um mal que surgiu na metade da década de 90 e espalhou-se de maneira assustadora."Houve um avanço em dobro nos últimos dois anos do número de pacientes envolvidos com crack. Há principalmente casos encaminhados por juízes. A maioria são adolescentes, mas também há alcoolistas entre 30 e 40 anos que passaram a experimentar o crack", ilustra Marcos Zaleski, médico psiquiatra do Instituto de Psiquiatria de SC (IPQ), em São José, na Grande Florianópolis.O IPQ é a única instituição pública do Estado que recebe pacientes com dependência química. Os outros espaços são privados, que funcionam por convênios com as Prefeituras.Os "crackeiros" são considerados os pacientes mais agressivos e traumáticos de droga. Assim como têm a sensação prazerosa extrema ao usá-la, sofrem de abstinência violentíssima, maior do que a da cocaína e maconha. Por isso, há real necessidade de uma estrutura própria para tratar usuários do crack, modelo que existe nos Estados Unidos e traria resultados imediatos aos pacientes.Nas edições de domingo, segunda-feira e terça-feira, AN revela como o crack afeta vidas, a esperança da salvação e a falta de estrutura na saúde pública.Corrimão, Placa, Begor e Caixote tinham saúde, família, emprego. Terminaram atraídos pelo crack. Mergulharam no vício rapidamente, perderam tudo e todos. Até a dignidade ameaçou ficar para trás, num misto de vergonha e falta de auto-estima. Marcelinho matou duas pessoas para ter a droga.Os cinco são prisioneiros do crack. Marcelinho está preso. Os demais passam dias, ou melhor, horas, na luta contra os efeitos da abstinência. Querem deixar o passado, mas sabem que o perigo está em toda parte. Internados no Lar Recanto da Esperança, na Capital, em busca de recuperação, o convívio entre um e outro parece difícil. Mas é nesse laço que ganham força. A história desses catarinenses não pode ser ignorada. Afinal, o pesadelo anda pelas ruas.
Droga de periferia
O crack é feito a partir da pasta-base de cocaína, como resultado de restos do refino. Os produtores descobriram que poderiam vendê-la sem o caro refino dominado por impérios de traficantes com poderio econômico. Aos poucos, ele invadiu a periferia colombiana e chegou aos usuários, em geral de baixa renda.
Nome vem do estalo
A mistura e aquecimento da pasta-base da cocaína com bicarbonato de sódio resulta no preparado sólido que é quebrado a fim de ser fumado. O crack recebeu este nome porque faz um pequeno estalo na combustão, quando fumado. Os efeitos surgem em 10 a 15 segundos e duram no máximo 15 minutos.
diogo.vargas@an.com.br
DIOGO VARGAS FLORIANÓPOLIS
Fonte: Jornal a noticia 01/06/2008

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Maços de cigarro estamparão fotos para causar 'aversão'

Brasília - Um feto no cinzeiro, um pé com gangrena e um cadáver estão entre as dez imagens que as embalagens de cigarros deverão estampar a partir de 2009. A mudança faz parte de uma estratégia do Ministério da Saúde para reduzir o apelo das embalagens e, com isso, desestimular a iniciação de jovens ao tabagismo. Esta nova safra de fotos - a terceira de uso obrigatório pelos fabricantes de fumo - foi feita com base em uma pesquisa desenvolvida entre 2006 e 2008 pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) em parceria com as Universidades Federais do Rio de Janeiro (UFRJ) e Fluminense (UFF) e Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio. "O objetivo é provocar aversão", resumiu o presidente do Inca, Luiz Santini Rodrigues da Silva. O estudo procurou medir a reação de 212 jovens diante das fotografias e, a partir deste trabalho, escolheu as mais impactantes. A forma das advertências também deverá mudar. Além da foto e de uma frase de alerta, os maços deverão estampar palavras-chave, como horror, perigo e enfarte, em letras maiores. O governo passou a obrigar a indústria farmacêutica a incluir frases de advertência em 1988. A partir de então, os avisos ganharam impacto e passaram a incluir fotos. A política da administração federal pretende neutralizar as diversas estratégias usadas pela indústria do tabaco para, por meio das embalagens, reforçar o tabagismo entre jovens. Trabalhos mostram que até mesmo a cor usada pelos maços é escolhida pela indústria para criar determinadas percepções. Maços vermelhos passam a idéia de sabor forte, os verdes conotam frescor e os brancos, saúde e segurança. O novo material foi apresentado hoje pelo ministério, como parte das celebrações do Dia Mundial sem Tabaco - que será comemorado sábado. Na cerimônia, o ministério ouviu dados preliminares de uma pesquisa piloto sobre o programa de controle de tabagismo brasileiro, feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nas últimas duas semanas. Os técnicos aconselharam o País a apressar medidas para aumentar o preço do cigarro e assegurar ambientes livres de fumo. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, reconheceu a necessidade de adotar essas duas medidas. Temporão afirmou que o projeto de lei proibindo "fumódromos" - que está há meses na Casa Civil - ainda não foi apresentado ao Congresso por questão de estratégia. Segundo ele, o Poder Executivo espera o momento oportuno para tomar tal iniciativa. Temporão também reconheceu que os preços do cigarro brasileiro precisam aumentar. Para o ministro da Saúde, no entanto, este tema avançou, principalmente entre integrantes da área econômica do Executivo. "Antes, esse assunto era quase um tabu", afirmou. "Hoje esse clima já mudou." Campanha A pasta apresentou ainda a campanha desenvolvida pela OMS para o Dia Mundial sem Tabaco. O tema é Juventude sem tabaco. Para a organização, o tabagismo passou a ser considerado como doença pediátrica, uma vez que a idade média para a iniciação do consumo ocorre, em média, aos 15 anos. Lígia Formenti 27/05/2008 - 18h18 Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br/brasil/2008/05/27/ult4469u25778.jhtm











quinta-feira, 22 de maio de 2008

Mais embriagados ao volante
Dados da Polícia Militar de Jaraguá do Sul confirmam que aumentaram os acidentes envolvendo bêbados

O número de acidentes envolvendo motoristas bêbados está crescendo em Jaraguá do Sul. Os números confirmam a irresponsabilidade ao volante. De janeiro a abril deste ano, foram registrados 56 casos de colisões envolvendo pessoas alcoolizadas. No ano passado, ocorreram 38 no mesmo período (confira os números no quadro). Os dados são do 14º Batalhão de Polícia Militar, que faz em média três barreiras diárias para vistorias.Segundo o comandante da 1ª Companhia da PM e chefe do setor de trânsito do 14º BPM, capitão Gildo Martins de Andrade Filho, a média em cada blitz é de pelo menos um flagrante de embriaguez confirmado no teste do bafômetro.O capitão Andrade esclarece que caso o condutor se recuse a fazer o teste, mas apresente sinais de que está embriagado, a PM age como se ele tivesse passado pelo equipamento. "A lei 11.725/06 criou mais uma forma de constatação da embriaguez, como os sinais e sintomas apresentados pelo condutor", explica o comandante.O limite determinado pelo Código de Trânsito Brasileiro no teste do bafômetro é de 0,6 decigramas de álcool por litro de ar expelido pelos pulmões. Com esse índice, o motorista é proibido de dirigir.O abuso no consumo de bebida alcoólica pelo condutor não é o único fator que eleva as estatísticas dos acidentes em Jaraguá do Sul. O aumento da frota, estimada em 75 mil veículos, e o excesso de velocidade contribuem também para a insegurança no trânsito. Jaraguá do Sul tem cerca de 130 mil habitantes. A Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) registra média de 600 novos emplacamentos de veículos por mês. O responsável pelo setor de trânsito da Prefeitura de Jaraguá do Sul, Francisco Jungblut, destaca que a cidade tem um dos maiores índices de veículo per capita do País, considerando o número de habitantes.
SÔNIA PILLON JARAGUÁ DO SUL ( sonia.pillon@an.com.br )

Combinação de risco matou seis pessoas

O diretor do Hospital Municipal Santo Antônio, Luiz Pereira, que diariamente com números relacionados a acidentes, tem um motivo a mais para lançar alerta aos jovens sobre o risco da combinação álcool e volante. Ele nunca vai esquecer do telefonema que recebeu numa madrugada de setembro de 2001, avisando que o filho Ronaldo César Pereira, 21 anos, tinha morrido em uma colisão frontal na BR-280. O acidente foi na ponte sobre o rio Piraí, em direção a Joinville.Ronaldo estava de carona com três amigos no Corsa atingido por uma Parati. O impacto foi tão grande que os passageiros e os motoristas dos dois veículos morreram. Segundo Luiz, o laudo da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apontou que o motorista da Parati tinha consumido álcool. "Com certeza, o uso excessivo de bebida influenciou diretamente no acidente", afirma Pereira.

Câmara consulta morador sobre proibição

A proibição do consumo de bebidas alcoólicas em vias e praças públicas de Guaramirim por determinação da lei municipal 3393/2008, de janeiro deste ano, chamou a atenção dos vereadores de Jaraguá do Sul. Os parlamentares lançaram uma consulta popular no site www.cmjs.sc.gov.br para saber os que os jaraguaenses pensam sobre o assunto.Publicada por decisão do presidente da Câmara de Vereadores de Guaramirim, vereador Evaldo João Junckes (PT), a lei passou a ser levada a sério mesmo sem regulamentação. O presidente promulgou a lei com base no artigo 49 da lei orgânica do município, que dá autonomia ao presidente da Câmara, caso o prefeito Mário Sérgio Peixer não se manifeste no prazo de 30 dias a partir da aprovação da lei pelo plenário.A decisão também está sustentada no artigo 46 do regimento interno da Câmara. "Essa lei deu uma aliviada. Antes, a juventude ficava nas ruas e na praça (praça Cantalício Flores, na rua 8 de Agosto) consumindo cerveja e vinho. Os jovens estacionavam os carros, ligavam o som alvo, faziam barulho", conta o presidente da Câmara.O comandante do 14º Batallhão da Polícia Militar de Jaraguá do Sul, tenente-coronel César Roberto Nedochetko, acredita que a consulta da Câmara não vai refletir o desejo da comunidade porque nem todos irão se manifestar.Na opinião do comandante, é inquestionável que a cidade precisa de uma lei seca.

Fonte: http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&edition=9913#b234

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Desceu quadrado

Nos vídeos brasileiros a cerveja continuará jorrando, generosa e farta, em mensagens que identificam seu consumo à alegria, à jovialidade, ao sucesso, à beleza e às mulheres de biquíniNo projeto do governo que pretende restringir a publicidade de cerveja na televisão embutia-se um confronto entre o progresso e o atraso, a civilização e a barbárie, o interesse público e os interesses privados. Encaminhado ao Congresso em regime de urgência, estava na semana passada na iminência de ser posto em votação quando um acordo entre as lideranças partidárias, ao retirar-lhe a urgência, remeteu-o para as calendas gregas. Venceram o atraso, a barbárie e os interesses privados. Nos vídeos brasileiros a cerveja continuará jorrando, generosa e farta, em mensagens que identificam seu consumo à alegria, à jovialidade, ao sucesso, à beleza e às mulheres de biquíni.O projeto visava a corrigir uma anomalia criada pela lei de 1996 que proibiu o anúncio de bebidas alcoólicas antes das 21 horas. A cerveja ficara de fora sob a justificativa de ter teor alcoólico menor. Não é preciso ser um profissional da saúde para concluir que o que importa não é o teor alcoólico, mas a quantidade de bebida ingerida. Falou mais forte, no entanto, o lobby da cerveja, representado pela coligação que reúne fabricantes, agências de publicidade e emissoras de televisão. Essa mesma coligação venceu outra vez na semana passada. Num Congresso coalhado de proprietários de emissoras de TV (eta, Brasil!), encontrou amparo amigo em deputados como o líder do PMDB, Henrique Alves (de uma família dona de concessões no Rio Grande do Norte), e Antonio Carlos Magalhães Neto (idem na Bahia).O combate ao abuso do álcool é uma das principais bandeiras do ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Uma de suas iniciativas foi a tentativa de proibir a venda de bebidas nos bares e restaurantes à beira das estradas. Venceu apenas pela metade, pois no Congresso abriu-se uma exceção para bares e restaurantes situados em áreas urbanas. A tentativa de fazer com que a publicidade de cerveja não se espraiasse tão à vontade, lotando os intervalos do futebol, nos fins de semana, ou se imiscuindo nos noticiários e nas novelas, nos horários de maior audiência, era outra de suas prioridades. O argumento do ministro é a saúde pública. Este é o país dos 35 000 mortos por ano em acidentes de automóvel, em grande parte causados por embriaguez do motorista. É também o país dos assassinatos fúteis no bar e da violência doméstica, para os quais o álcool dá contribuição decisiva.Nas últimas semanas o lobby da cerveja se fez presente em anúncios nos jornais e na TV. O anúncio da TV começava com uma falsidade ("Querem proibir a publicidade de cerveja", dizia, quando na verdade se tratava de restringir sua veiculação) e avançava pela argumentação de que a publicidade nada tem a ver com a embriaguez dos motoristas ou a violência dos bêbados. No mundo angélico assim descrito, ninguém bebe porque viu anúncio da bebida. Ou seja: a publicidade não provoca efeitos. É um mero exercício platônico, inócuo como comprimido de farinha. O golpe de graça estava guardado para o grand finale, quando, em defesa da publicidade da cerveja, invocava-se a liberdade de expressão. Nada menos do que o nobre conceito, flor do Iluminismo, da liberdade de expressão – como se pairasse a ameaça de censura a algum evento ou se tramasse a repressão a alguma corrente de opinião.Num anúncio nos jornais, em que também se insistia na tônica da inocuidade da publicidade – pintada como tão responsável pelos bêbados quanto os abridores de garrafa (!) –, o que estaria em jogo seria "o direito sagrado" de "se informar e formar a sua opinião". Como se os anúncios de cerveja tivessem algo a informar além da preferência do Zeca Pagodinho, e como se à vista deles se pudesse formar opinião mais complexa do que escolher o mais revelador entre os biquínis das moças.Os anúncios foram elaborados pela Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap). Entidades da classe ou lideranças publicitárias também se opuseram, um ano e meio atrás (e também invocando o santo nome da liberdade de expressão em vão), à lei que proibiu os outdoors em São Paulo. Foi a melhor coisa que aconteceu na paisagem da cidade em muitos anos e conta com amplo apoio da população. Com a manobra da semana passada os anúncios de cerveja sem restrição de horário ganharam uma sobrevida talvez de anos. Mas é inevitável que um dia não mais se apresentarão sem freios. Fazem parte da consciência do nosso tempo as idéias de que não se deve estimular o consumo de produtos como cigarros e bebidas alcoólicas, especialmente junto às crianças e aos jovens, e de que a publicidade na TV é um dos mais poderosos estímulos, especialmente junto às crianças e aos jovens. Há alguns anos também os anúncios de cigarro campeavam soltos. Fumava-se nos programas e os estúdios ficavam cheios de fumaça. Anúncios de cigarro, que costumavam ser tão glamourosos como são hoje os de cerveja, ou apresentadores puxando suas tragadas no ar hoje soariam chocantes. Não está longe o dia em que também os anúncios de cerveja soarão chocantes.

Fonte: VEJA - 11/05/08