Seguidores

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Mais embriagados ao volante
Dados da Polícia Militar de Jaraguá do Sul confirmam que aumentaram os acidentes envolvendo bêbados

O número de acidentes envolvendo motoristas bêbados está crescendo em Jaraguá do Sul. Os números confirmam a irresponsabilidade ao volante. De janeiro a abril deste ano, foram registrados 56 casos de colisões envolvendo pessoas alcoolizadas. No ano passado, ocorreram 38 no mesmo período (confira os números no quadro). Os dados são do 14º Batalhão de Polícia Militar, que faz em média três barreiras diárias para vistorias.Segundo o comandante da 1ª Companhia da PM e chefe do setor de trânsito do 14º BPM, capitão Gildo Martins de Andrade Filho, a média em cada blitz é de pelo menos um flagrante de embriaguez confirmado no teste do bafômetro.O capitão Andrade esclarece que caso o condutor se recuse a fazer o teste, mas apresente sinais de que está embriagado, a PM age como se ele tivesse passado pelo equipamento. "A lei 11.725/06 criou mais uma forma de constatação da embriaguez, como os sinais e sintomas apresentados pelo condutor", explica o comandante.O limite determinado pelo Código de Trânsito Brasileiro no teste do bafômetro é de 0,6 decigramas de álcool por litro de ar expelido pelos pulmões. Com esse índice, o motorista é proibido de dirigir.O abuso no consumo de bebida alcoólica pelo condutor não é o único fator que eleva as estatísticas dos acidentes em Jaraguá do Sul. O aumento da frota, estimada em 75 mil veículos, e o excesso de velocidade contribuem também para a insegurança no trânsito. Jaraguá do Sul tem cerca de 130 mil habitantes. A Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) registra média de 600 novos emplacamentos de veículos por mês. O responsável pelo setor de trânsito da Prefeitura de Jaraguá do Sul, Francisco Jungblut, destaca que a cidade tem um dos maiores índices de veículo per capita do País, considerando o número de habitantes.
SÔNIA PILLON JARAGUÁ DO SUL ( sonia.pillon@an.com.br )

Combinação de risco matou seis pessoas

O diretor do Hospital Municipal Santo Antônio, Luiz Pereira, que diariamente com números relacionados a acidentes, tem um motivo a mais para lançar alerta aos jovens sobre o risco da combinação álcool e volante. Ele nunca vai esquecer do telefonema que recebeu numa madrugada de setembro de 2001, avisando que o filho Ronaldo César Pereira, 21 anos, tinha morrido em uma colisão frontal na BR-280. O acidente foi na ponte sobre o rio Piraí, em direção a Joinville.Ronaldo estava de carona com três amigos no Corsa atingido por uma Parati. O impacto foi tão grande que os passageiros e os motoristas dos dois veículos morreram. Segundo Luiz, o laudo da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apontou que o motorista da Parati tinha consumido álcool. "Com certeza, o uso excessivo de bebida influenciou diretamente no acidente", afirma Pereira.

Câmara consulta morador sobre proibição

A proibição do consumo de bebidas alcoólicas em vias e praças públicas de Guaramirim por determinação da lei municipal 3393/2008, de janeiro deste ano, chamou a atenção dos vereadores de Jaraguá do Sul. Os parlamentares lançaram uma consulta popular no site www.cmjs.sc.gov.br para saber os que os jaraguaenses pensam sobre o assunto.Publicada por decisão do presidente da Câmara de Vereadores de Guaramirim, vereador Evaldo João Junckes (PT), a lei passou a ser levada a sério mesmo sem regulamentação. O presidente promulgou a lei com base no artigo 49 da lei orgânica do município, que dá autonomia ao presidente da Câmara, caso o prefeito Mário Sérgio Peixer não se manifeste no prazo de 30 dias a partir da aprovação da lei pelo plenário.A decisão também está sustentada no artigo 46 do regimento interno da Câmara. "Essa lei deu uma aliviada. Antes, a juventude ficava nas ruas e na praça (praça Cantalício Flores, na rua 8 de Agosto) consumindo cerveja e vinho. Os jovens estacionavam os carros, ligavam o som alvo, faziam barulho", conta o presidente da Câmara.O comandante do 14º Batallhão da Polícia Militar de Jaraguá do Sul, tenente-coronel César Roberto Nedochetko, acredita que a consulta da Câmara não vai refletir o desejo da comunidade porque nem todos irão se manifestar.Na opinião do comandante, é inquestionável que a cidade precisa de uma lei seca.

Fonte: http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&edition=9913#b234

Nenhum comentário: