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quarta-feira, 25 de junho de 2008

ÁLCOOL ZERO

INCLUSIVE PRESTEM ATENÇÃO NA HORA DE UM SINISTRO, PORQUE ISTO ACARRETARÁ A NÃO INDENIZAÇÃO PELA SEGURADORA, AGORA NÃO TEM COMO ESCAPAR.

Foi sancionada a lei "ÁLCOOL ZERO" . Essa lei prevê que não será permitida nenhuma "gota" de álcool no organismo, e as penalidades serão impostas no ato da infração pela autoridade policial.

A partir de 20/06/2008 sexta-feira é proibido ingerir qualquer quantidade de bebida alcoólica antes de dirigir.
Penalidade:
* será considerado uma infração gravíssima (7 pontos)
* multa de R$ 957,00
* suspensão do direito de conduzir por um ano (SEM CARTEIRA NÃO TEM COMO DIRIGIR VEÍCULO SEGURADO).
* à retenção do veículo.
Alguns Casos em que será aplicada a penalidade:

* dirigir sob a influência de qualquer quantidade de álcool * condutor envolvido em acidentes de trânsito sob qualquer nível de Álcool
* parado em blitz que se recusar a se submeter a testes de nível alcoólico

A lei valerá em todo o território nacional, ou seja, incluirá estradas federais, estaduais e até mesmo as ruas das cidades.

Determina ainda prisão em flagrante para o motorista que provocar acidente com vítima estando alcoolizado, participando de racha, conduzindo veículo em acostamento ou na contramão, ou ainda em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h. Nessas situações, o caso não será enviado a juizado especial, e o condutor perderá o direito ao pagamento de fiança.

A autoridade policial pode reter o veículo e recolher a carteira de motorista, inclusive daqueles que preferirem não utilizar o bafômetro.
Fonte: Sales Corretora -
salescorretora@ibest.com.br

sábado, 21 de junho de 2008

Lula sanciona lei que proíbe venda de bebida alcoólica em zona rural


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou nesta quinta-feira (19), o Projeto de Lei de Conversão 13/2008, que proíbe a venda de bebidas alcoólicas ao longo dos trechos das rodovias federais nas áreas rurais. A cerimônia, no Palácio do Planalto, marcou a abertura da X Semana Nacional Antidrogas, da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), que neste ano tem como tema “Prevenção na Comunidade”.

Atualmente, somente motoristas com mais de 0,6 gramas de álcool por litro de sangue são punidos. Com a Lei, publicada nesta sexta-feira (20), no Diário Oficial da União (DOU), motoristas flagrados com qualquer teor de álcool no organismo receberão punições. A infração, considerada gravíssima, será punida com multa e suspensão do direito de conduzir por um ano.

“Sei que essa medida contraria alguns interesses, mas beneficia o conjunto da sociedade, além de desestimular o consumo de álcool é preciso dificultar o acesso às bebidas, principalmente para jovens e crianças”, disse Lula durante a cerimônia.

A nova lei resulta de um projeto de conversão da Medida Provisória (MP) 415, em vigor desde janeiro.

Premiação
Durante a solenidade, o presidente também entregou os prêmios aos ganhadores dos concursos de cartazes, fotografia, jingles e monografia. Também foram lançados dos projetos em parceria com o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).

Um deles é o “Fé na Prevenção”,dirigido à capacitação de lideranças religiosas e movimentos afins, que prevê capacitar 15 mil pessoas em três anos e será desenvolvido com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), apresentado pela secretaria adjunta antidrogas, Paulina Duarte.

Também foi entregue pelas mãos do ministro da Justiça, Tarso Genro um instrumento de aferição de álcool no sangue de motoristas ao Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal, inspetor Hélio Cardoso Derene. A entrega faz parte do projeto desenvolvido em parceria pela Senad e o Núcleo de Estudo e Pesquisa em Trânsito e Álcool da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) que consiste em equipar, em um prazo de três anos, todas as viaturas da Polícia Rodoviária Federal (PRF), com instrumento de aferição de álcool no sangue de motoristas.

O projeto prevê o treinamento dos policiais para a adequada utilização do instrumento, bem como para a abordagem e encaminhamento dos motoristas que apresentarem álcool no sangue também faz parte do projeto.

Fonte: http://www2.obid.senad.gov.br/portais/OBID/boletim/7624/noticia/101726.html

terça-feira, 17 de junho de 2008

MAIS TRÊS TRAFICANTES PRESOS PELA POLÍCIA MILITAR DE JARAGUÁ DO SUL

MAIS TRÊS TRAFICANTES PRESOS PELA POLÍCIA MILITAR DE JARAGUÁ DO SUL

Na tarde de ontem, 15 de junho, guarnições da Agência de Inteligência e do Rádio-patrulhamento do 14º Batalhão de Polícia Militar detiveram três traficantes e apreenderam certa quantidade de crack e maconha, além de objetos oriundos da comercialização das substâncias entorpecentes.
Por volta das 13h29min as guarnições procederam a abordagem do veículo Fiat Brava placas KIT 1646, de São José – SC, tendo como condutor V.S.A., 28 anos, com o qual foram encontradas três pedras de crack, e como carona J.S.P., 22 anos, com quem foi encontrado um torrão de maconha, sendo que ao serem indagados confirmaram terem adquirido a droga de um indivíduo conhecido por “PEU”, seguindo então as guarnições até a residência de J.C.R., 38 anos, vulgo “Peu”, onde foram encontrados aproximadamente 35 gramas de maconha, duas pedras de crack, oito bicicletas e vários objetos provenientes do tráfico. “Peu” confessou a prática do comércio de entorpecentes e em sua residência foi detida também R.A.A., 32 anos, vulgo “Rose”, que confessou morar com “Peu” e revender entorpecentes pra o mesmo. Com o monitoramento do telefone do agente “Peu” foi descoberto que o fornecedor dos entorpecentes era E.P., 28 anos, vulgo “Nei”, que ao tentar entregar uma encomenda foi abordado e com ele encontradas 45 pedras de crack prontas para o comércio e uma pedra de dez gramas. “Nei” confessou fornecer o entorpecente e que em sua residência estaria estocada grande quantidade, sendo que as guarnições então deslocaram até a referida residência, lá encontrando 48 pedras preparadas para consumo e 390 gramas da droga divididos em pedras de 10 e 20 gramas, o que renderia para o consumo cerca de 1.590 pedras. Foram encontrados também na residência de “Nei” uma balança de precisão e um aparelho de DVD, este objeto do comércio de entorpecentes.
No total, esta ação resultou na apreensão de 98 pedras de crack prontas para o consumo, 390 gramas de crack em pedras grandes e 35 gramas de maconha.
Os três agentes foram presos em flagrante delito pelo crime de tráfico de drogas e associação para o tráfico, sendo encaminhados à Delegacia de Polícia da Comarca de Jaraguá do Sul juntamente com o material apreendido para a lavratura do auto de prisão em flagrante.
Fonte: 14° Batalhão de Polícia MilitarBatalhão “Ten. Cel. Leônidas Cabral Herbster”Rua Gustavo Hagedorn, nº 880 – Bairro Nova BrasíliaJaraguá do Sul – SC89252-265Fone/fax: (47) 3371-9911

terça-feira, 10 de junho de 2008

Substância pode acabar com vício em álcool ao atuar sobre o cérebro

Fator de crescimento de origem natural foi injetado no tecido neuronal de ratos.

Roedores não voltaram a beber álcool mesmo depois de viciados, afirma estudo.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Francisco (Costa Oeste dos EUA) tornaram realidade o que provavelmente é o sonho de todas as pessoas que já tiveram um alcoólatra na família: acabar com o vício em álcool com uma única injeção. Por enquanto, o feito só aconteceu em ratos, mas o trabalho traz esperanças de que seja possível conseguir o mesmo com pacientes humanos.

A substância responsável pelo aparente milagre é conhecida pela sigla GDNF. Trata-se de um fator de crescimento essencial para a formação dos rins e dos neurônios motores (responsáveis pelos movimentos do corpo), além de atuar diretamente sobre o cérebro. Além disso, o GDNF também pode estar envolvido com a região do cérebro que é afetada pelo vício em álcool e outras drogas, como cocaína e morfina.

Na pesquisa, os pesquisadores da Califórnia, liderados por Sebastien Carnicella, usaram microinjeções de GDNF nessa região e observaram que a substância fazia com que os ratos diminuíssem sua ingestão de álcool. Ratos que anteriormente tinham sido viciados na bebida não voltavam a tomá-la mesmo com oferta abundante se tinham recebido as injeções. No entanto, os bichos não deixavam de gostar de açúcar, o que sugere que o GDNF não interfere na capacidade geral dos bichos de sentir prazer.

A esperança, agora, é tentar trasferir os achados para humanos. A pesquisa está na edição desta semana da revista científica americana
"PNAS".

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Empresas estão dispostas a ajudar funcionários a parar de fumar

A maioria dos empregadores (98%) e dos funcionários (95%) de empresas brasileiras considera inaceitável fumar no ambiente de trabalho. É consenso que os fumantes desperdiçam cerca de 40 minutos por dia, durante o expediente, fumando uma média de meio maço de cigarros. A boa notícia é que os empresários brasileiros estão no topo da lista quando o assunto é ajudar seus colaboradores a largar o vício, com índice de 87%, perdendo somente para os indianos (91%).Isso pode ser positivo para os 42% dos entrevistados motivados a parar de fumar, de acordo com a pesquisa Global Workplace Survey, encomendada pela Pfizer e conduzida pela Harris Interactive, empresa independente especializada em pesquisa de mercado na área da saúde.O estudo contou com a participação de 4.918 pessoas, de 14 países (Brasil, China, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, Polônia, Coréia do Sul, Espanha, Suécia, Tailândia, Turquia e Reino Unido).Uma das principais constatações é que a taxa de sucesso do auxílio das empresas quanto à desistência do vício entre funcionários aumenta em seis vezes com o auxílio médico. Isso porque o especialista traça um tratamento adequado e individualizado a cada paciente, estabelecendo metas e prazos reais para a cessação do cigarro.Tabagismo prejudica trabalhoEnquanto somente 35% dos funcionários conferem ao tabagismo prejuízos financeiros para a organização, essa porcentagem é de 63% entre os empregadores. Além disso, 44% dos empregados admitem que aqueles que não fumam são mais produtivos, percentual este bem superior entre empresários: 80%.Não é à toa que uma pesquisa da Catho intitulada "A contratação, a demissão e a carreira dos executivos brasileiros", realizada em 2007, mostrou que uma das objeções mais comuns à contratação é o fato de o profissional ser fumante: 48,35% dos diretores e presidentes têm muita objeção aos que fumam, enquanto entre gerentes e supervisores esse percentual é de 46,75%.Por que os profissionais fumam?Os dados mostram que 82% dos profissionais fumam para aliviar o estresse. Um quarto deles (25%) está tentando parar de fumar e 76% dos fumantes entrevistados já fizeram duas tentativas.Apesar da força de vontade ser o método preferido pelos fumantes, com 79% dos votos, metade deles (51%) admite que a melhor forma de ajudá-los seria oferecer assistência médica. No entanto, mais da metade afirma que o plano de saúde não cobre as despesas e as consultas relacionadas ao vício.Ambas as populações entrevistadas (empregado e empregador) concordam que ter um ambiente de trabalho livre do tabaco, proporcionar espaço para fumódromos e políticas internas contra o tabaco ajudam, mas não são suficientes para obter sucesso na luta contra o vício. A conclusão é que as empresas necessitam ser mais proativas neste sentido, desenvolvendo tanto programas educacionais quanto assistenciais.
Fonte: http://www.administradores.com.br/noticias/empresas_estao_dispostas_a_ajudar_funcionarios_a_parar_de_fumar/15502

terça-feira, 3 de junho de 2008

COMO O CRACK AGE NO ORGANISMO

fonte: http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a1929026.xml&template=4187.dwt&edition=9992&section=891

Como detectar se alguém está usando drogas

Como detectar se alguém está usando drogas
As marcas para descobrir se alguém está usando drogas na família ou no círculo de amigos são facilmente percebidas se existe diálogo e uma relação aberta. Quando falta conversa, também há sinais que podem ajudar pai, mãe, irmão ou avó e avô a descobrir o uso e tentar ajudar o viciado a livrar-se da dependência.Além da devastação no organismo (veja quadro), o comportamento avisa. Há visível mudança física, que inclui perda de peso acentuada, em especial nos usuários de cocaína e crack - os "crackeiros" ainda sofrem de envelhecimento precoce e pele ressecada.O consumo de drogas deixa o usuário retraído, deprimido, cansado e até descuidado em sua aparência. Um teste da Associação Espaço Comunitário Comenius, de São Paulo, orienta a observar o estilo da pessoa - se ficou agressiva, adotou atitudes violentas e se mudou de amigos.Para Maria Cecília Heckrath, coordenadora do setor de álcool e drogas da Secretaria de Estado da Saúde, não há fórmula segura para detectar o consumo de drogas, mas é comum perceber o uso se a família tem diálogo. "Quando os pais são distantes ou a família é desestruturada fica difícil. Aí os pais só percebem quando encontram droga no bolso do filho", diz Maria Cecília, que trabalhou mais de dez anos no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) da Capital.
Sinais que podem indicar consumo de drogas
Especialistas apontam que o conjunto desses fatores pode indicar o consumo de drogas:
- O jovem anda retraído, deprimido, cansado e descuidado do aspecto pessoal (com cabelo e barba por fazer e unhas sujas e mal cuidadas), agressivo, com atitudes violentas.
- Quando a pessoa muda radicalmente o grupo de amizades. Se estuda, mostra dificuldades na escola e perde o interesse por passatempos, esportes e hobbies. Se trabalha, começa a faltar e ficar relapso.
- O usuário muda seus hábitos alimentares, deixa de se alimentar com freqüência e passa a sofrer com distúrbios de sono.
- Usa desodorantes para disfarçar cheiro, fica com os olhos vermelhos, as pupilas dilatadas e usa colírios.
- Mantém conversas telefônicas com desconhecidos, começa a sumir com objetos de valor na casa.
- Adota mudanças no visual, usa roupas sujas e faz apologia a drogas.
- No caso da maconha, quando há caixas de fósforos furadas no centro, ou piteiras e cachimbos, que permitem fumar o cigarro de maconha até o final sem queimar os dedos ou os lábios; papel de seda (para enrolar a droga); tem manchas amareladas entre as pontas dos dedos e queimaduras e há cheiro nos lençóis.
- No caso da cocaína, encontrar cartões de crédito e lâminas (para pulverizar o pó) e canetas sem carga (para aspirar) são sinais de uso.
- Também é importante perceber se o nariz da pessoa sangra com freqüência ou apresenta corizas, se apresenta dificuldade para falar, se gasta mais dinheiro e sai mais de casa, ou passa noites insones.
Apoio
Onde buscar tratamento
www.ssp.sc.gov.br/conen/comunidades.htm
Onde buscar ajuda
www.ssp.sc.gov.br/conen/grupos.htm


DIOGO VARGAS FLORIANÓPOLIS
diogo.vargas@an.com.br

A falta de espaços para tratamento

A falta de espaços para tratamento
Secretário de Saúde admite que profissionais da área não estão treinados para atender a usuários de drogas

Os hospitais resistem em abrigar pacientes infratores e usuários de drogas, em especial do crack. Na terceira e última reportagem da série "Os prisioneiros do crack", "A Notícia" mostra que esse é um dos fatores que piora a falta de tratamento para dependentes químicos em Santa Catarina.O secretário estadual da Saúde, Luiz Eduardo Cherem, reconhece a dificuldade para ampliar a capacidade hospitalar e de internação desses pacientes. Mas ele prefere não explicitar as razões. "É difícil encontrar, por exemplo, um município que queira um Centro de Internamento Provisório (CIP)", lamenta Cherem, que apesar disso afirma estar próximo de assinar convênio com mais três hospitais particulares para tratar usuários de drogas.A resistência das instituições deve-se principalmente ao fato de o usuário do crack ser considerado um paciente problemático. A coordenadora do setor de álcool e drogas da Secretaria de Estado da Saúde, Maria Cecília Heckrath, constatou que profissionais da saúde, principalmente da rede ambulatorial do Sistema Único de Saúde (SUS) e da educação, precisam ser capacitados para aprenderem a lidar com o "crackeiro"."Os serviços não acompanharam o atendimento dessa demanda, que do ano passado para cá tornou-se mais visível", observa Maria Cecília. Ela sugere uma mobilização interinstitucional entre órgãos da saúde, educação, segurança, assistência social e a sociedade para conter o problema.A Secretaria de Estado da Saúde não tem estatísticas de overdose ou mortes por crack em SC, o que dificulta as ações de prevenção. Para agravar a situação, 36 conselhos municipais de entorpecentes, os Comens, estão desativados por falta de incentivos.Pós-graduado em dependência química, o psiquiatra Marcos Zaleski, do Instituto de Psiquiatria de SC, calcula que o tratamento ideal de um paciente de crack leve um ano. A recaída está presente na maioria das vezes, o que exige o prolongamento do tempo.Segundo ele, há necessidade de isolar esse tipo de usuário por dez dias, pois a fissura pela droga é alta. Zaleski atendeu casos de quem já consumiu até 40 pedras num único dia. Além de convulsões, ataques cardíacos e lesão cerebral, há riscos de delírios, surtos psicóticos, hepatite e overdose.( diogo.vargas@an.com.br )
DIOGO VARGAS FLORIANÓPOLIS
Fonte: http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a1929025.xml&template=4187.dwt&edition=9992&section=891

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Criminalidade caiu desde que a lei das bebidas alcoólicas entrou em vigor

Ocorrências policiais caem 10%
Criminalidade caiu desde que a lei das bebidas alcoólicas entrou em vigor

GUARAMIRIM

Quatro meses após entrar em vigor, a lei que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas em vias e logradouros públicos de Guaramirim já começa a mostrar resultados positivos. Nessa semana, a Polícia Militar de Guaramirim informou que o índice de criminalidade caiu cerca de 10% no município entre janeiro e abril deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.
O comandante da 2ª Companhia do 14º Batalhão, capitão Rogério Vonk, ressaltou que a redução se refere às ocorrências de crimes e contravenções relacionadas à embriaguez como perturbação do sossego alheio, ameaças, lesões corporais e vandalismo. De janeiro a abril de 2007 foram registradas 297 ocorrências do gênero. No mesmo período deste ano, foram 268. Vonk acrescenta que a PM espera que os registros policiais reduzam em torno de 10% ao mês.
Em Jaraguá do Sul, tramita na Câmara de Vereadores projeto semelhante, protocolado pela presidente da Câmara, Maristela Menel, em fevereiro deste ano. De acordo com ela, a única diferença com a lei em vigor na cidade vizinha até o momento é uma emenda proposta pelo vereador Terrys da Silva que proíbe também a realização de festas públicas, como a Stammtisch. A lei aprovada em Guaramirim dispõe que eventos públicos podem ser realizados desde que o consumo de bebidas alcoólicas seja autorizado pela Prefeitura.
A idéia de criar uma lei proibindo o consumo de álcool em locais públicos nasceu numa reunião entre o capitão Vonk e lideranças do Clic (Conselho de Líderes Comunitários) e do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança). A lei dispõe que o infrator é orientado a encerrar o consumo de bebida ou retirar-se do local, e que o descumprimento "sujeitará o infrator a multa de 10 UFM (Unidade Fiscal Municipal)", cerca de R$ 500.


Audiência pública
A presidente da Câmara, Maristela Menel, disse que na próxima semana deverá ser agendada uma audiência pública sobre o projeto, que deve ir à votação em seguida. A Câmara de Vereadores também publicou, em seu site, uma enquete sobre o assunto. Para participar, basta acessar o
www.cmjs.sc.gov.br e clicar na janela do lado direito da tela.O comandante do 14º Batalhão de Polícia Militar, César Nedochetko, destaca que as ocorrências relacionadas à embriaguez correspondem a cerca de 30% do total de registros. Ano passado, a PM atendeu em torno de 1.200 casos somente de perturbação do sossego alheio. "Se entrar em vigor no município, esperamos que o número de ocorrências relacionadas ao consumo de álcool reduza em torno de 20%", calculou.

Daiane Zanghelini

Fonte: Jornal O Correio do Povo, edição de 24 e 25 de maio de 2008

CASA DE TRAFICANTE VIROU SALVAÇÃO

O que na década de 80 foi reduto de criminoso hoje é esperança de vida para dependentes químicos
Os muros altos para esconder o casarão, piscina, campo de futebol, área verde, em região afastada do Centro, no bairro Rio Vermelho, em Florianópolis, guardavam a história de um lendário traficante brasileiro que se refugiou em Santa Catarina nos anos 80: Paulinho da Matriz, do Comando Vermelho (CV) carioca, encontrou na capital catarinense o recanto ideal para fugir da polícia e expandir os negócios ilícitos.Naquele tempo, Paulinho da Matriz figurava na lista dos bandidos mais perigosos do País, ao lado de José Carlos Reis Encina, o "Escadinha", Dênis da Rocinha e Meio-quilo. Era a partir deles que o tráfico firmava suas ações no Rio de Janeiro e dominava as favelas. Dizem moradores do Leste da Ilha, onde fica a casa, que Matriz mandou fazer até uma pequena pista de pouso no mato em frente para receber aviões com drogas. Outro boato é de que mantinha uma onça no pátio.O traficante foi preso pela Polícia Federal em 1986. Armas e bebidas foram encontradas na casa. Anos depois, solto, morreu em confronto com a polícia no Rio. "Era um líder de favela no Rio que veio se esconder aqui. Tinha poder econômico e comprou muitos terrenos na cidade", lembra o delegado licenciado da PF, Ildo Rosa.Vazio, o casarão foi ocupado por voluntários do Grupo de Apoio e Prevenção à Aids (Gapa) e passou a receber portadores do HIV, a maioria infectada pelo uso compartilhado de seringas. Há 15 anos, a casa do traficante virou salvação para dependentes químicos e hoje abriga o Lar Recanto da Esperança. Já a área em frente, de 53 mil metros quadrados, continua sem uso.Acácio Mello Filho, 43 anos, diretor administrativo, é um dos que se engajaram desde a ocupação do lugar na tentativa de devolver o valor da vida aos usuários de drogas. O lar regularizou-se, mantém 44 pacientes, 90% deles são prisioneiros do crack. O Figueirense Futebol Clube contribui com a entidade.Corrimão, Placa, Begor e Caixote, personagens cujas vidas foram devastadas pelo crack, conforme "AN" mostrou ontem, são alguns dos internos dispostos a largar o vício. "Eles estão aqui porque querem. As portas ficam abertas para quem quiser sair. Ninguém veio forçado, mas porque chegou ao fundo do poço", diz o diretor. Na casa, os pacientes se ocupam na horta, atividades rurais e esportivas, cozinha e oração. Recebem acompanhamento médico e odontológico.O diretor Acácio está assustado com o crack e a violência que envolve os usuários. Soube de casos em que fumam com restos de catalisadores de veículos (tubo de escapamentos). Os pacientes, conta, chegam alterados, e as doenças mais comuns são hepatite e do pulmão. Carlos Roberto da Rosa, 37 anos, foi paciente e hoje atua como supervisor. Tornou-se exemplo de superação aos que chegam. "Continuo na luta e atribuo minha recuperação a Deus e ao trabalho que é feito aqui", frisa.

diogo.vargas@an.com.br
DIOGO VARGAS FLORIANÓPOLIS
Fonte: Jornal a noticia 02/06/2008

http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a1924899.xml&template=4187.dwt&edition=9984&section=891

O INFERNO DO CRACK


Consumo da droga que aprisiona usuário na primeira experiência rompe as barreiras policiais e se torna um problema de saúde pública
Uma epidemia aos poucos devassa vidas em Santa Catarina. Médicos especialistas, voluntários de clínicas terapêuticas, servidores da saúde e da segurança pública estão alarmados com o crescimento da dependência do crack entre crianças, jovens e adultos.A droga barata - um subproduto da cocaína - , de fácil acesso, sem cheiro, de efeito imediato, aprisiona pacientes e seus familiares, e expõe as fragilidades do controle a um mal que surgiu na metade da década de 90 e espalhou-se de maneira assustadora."Houve um avanço em dobro nos últimos dois anos do número de pacientes envolvidos com crack. Há principalmente casos encaminhados por juízes. A maioria são adolescentes, mas também há alcoolistas entre 30 e 40 anos que passaram a experimentar o crack", ilustra Marcos Zaleski, médico psiquiatra do Instituto de Psiquiatria de SC (IPQ), em São José, na Grande Florianópolis.O IPQ é a única instituição pública do Estado que recebe pacientes com dependência química. Os outros espaços são privados, que funcionam por convênios com as Prefeituras.Os "crackeiros" são considerados os pacientes mais agressivos e traumáticos de droga. Assim como têm a sensação prazerosa extrema ao usá-la, sofrem de abstinência violentíssima, maior do que a da cocaína e maconha. Por isso, há real necessidade de uma estrutura própria para tratar usuários do crack, modelo que existe nos Estados Unidos e traria resultados imediatos aos pacientes.Nas edições de domingo, segunda-feira e terça-feira, AN revela como o crack afeta vidas, a esperança da salvação e a falta de estrutura na saúde pública.Corrimão, Placa, Begor e Caixote tinham saúde, família, emprego. Terminaram atraídos pelo crack. Mergulharam no vício rapidamente, perderam tudo e todos. Até a dignidade ameaçou ficar para trás, num misto de vergonha e falta de auto-estima. Marcelinho matou duas pessoas para ter a droga.Os cinco são prisioneiros do crack. Marcelinho está preso. Os demais passam dias, ou melhor, horas, na luta contra os efeitos da abstinência. Querem deixar o passado, mas sabem que o perigo está em toda parte. Internados no Lar Recanto da Esperança, na Capital, em busca de recuperação, o convívio entre um e outro parece difícil. Mas é nesse laço que ganham força. A história desses catarinenses não pode ser ignorada. Afinal, o pesadelo anda pelas ruas.
Droga de periferia
O crack é feito a partir da pasta-base de cocaína, como resultado de restos do refino. Os produtores descobriram que poderiam vendê-la sem o caro refino dominado por impérios de traficantes com poderio econômico. Aos poucos, ele invadiu a periferia colombiana e chegou aos usuários, em geral de baixa renda.
Nome vem do estalo
A mistura e aquecimento da pasta-base da cocaína com bicarbonato de sódio resulta no preparado sólido que é quebrado a fim de ser fumado. O crack recebeu este nome porque faz um pequeno estalo na combustão, quando fumado. Os efeitos surgem em 10 a 15 segundos e duram no máximo 15 minutos.
diogo.vargas@an.com.br
DIOGO VARGAS FLORIANÓPOLIS
Fonte: Jornal a noticia 01/06/2008