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terça-feira, 24 de abril de 2007

PREVENÇÃO


Prevenção: Ação ou efeito de prevenir; opinião antecipada;
Prevenir: Tomar medidas com antecipação; preparar com antecedência; avisar, aconselhar antecipadamente;
Prever: Ver, saber antecipadamente.

Prevenção às drogas pode ser definida como um conjunto de ações que visam evitar os problemas causados pelo uso indevido de drogas antes que eles apareçam, ou antes, que eles se agravem.
A Comunidade tem um importante papel na definição das estratégias a serem utilizadas na prevenção. As ações preventivas podem ser realizadas em diversos ambientes. Por exemplo: a comunidade; a escola; as empresas, a família.
Em cada um destes ambientes existem fatores mais ou menos propícios que podem levar alguém a usar ou não drogas, fatores de risco e fatores de proteção.
A prevenção visa diminuir os fatores de risco e aumentar os fatores de proteção.
Atualmente são muitas e terríveis as pressões socioculturais. Nenhum ser humano é uma ilha isolada das sugestões, seduções e mesmo imposições do meio; um adolescente sadiamente educado com valores sólidos e bons no qual as ações e atitudes dos adultos são de fato modelares conviverá, assim mesmo, com pressões sociais que muitas vezes lhe apontam caminhos perigosos e experiências de alto risco e terão muito mais concretas possibilidades de resistir.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem deixado claro que as bebidas alcoólicas continuam sendo, entre as drogas, o mais devastador inimigo da saúde humana (em seus aspectos físico e psíquico). E, no entanto, muitas vezes os filhos aprendem com os próprios pais a provar um vinho ou uma cerveja.
É a conhecida história de que “quem não bebe não é homem” ou “meu filho precisa aprender a beber” e coisas do gênero.
Noutros tempos, as drogas e bebidas eram perigos aos quais estavam expostos os meninos; hoje, meninos e meninas, correm os piores riscos de toxicofilia. Os novos espaços sociais ocupados merecidas e devidamente pela mulher possibilitam-lhe maior realização; mas não deixam de expô-la também à autodestruição. Nós, pais e educadores em geral, precisamos sair dos nossos cômodos castelos de alienação, para que pensemos e reequacionemos essas novas realidades; não temos que cercear o fluxo da vida, mas precisamos direcioná-lo construtivamente.
Da mesma forma, observamos como as corporações definem suas confraternizações entre seus colaboradores, na grande maioria são “regadas” a muito álcool. A empresa tem um papel importantíssimo não só de obter lucros, gerar empregos e renda, mas de ter uma consciência e ação social e transmitir isso principalmente para os que nela trabalham. Como pode um empregador queixar-se do empregado que tem problemas com alcoolismo, se na festa de confraternização de final do ano, por exemplo ele mesmo oferece a substância ao seu empregado?
Dessa forma está sendo conivente com uma possível situação de alcoolismo dentro do seu quadro de funcionários. A alegria de hoje pode vir a tornar-se à tristeza do amanhã.
Como pode, uma escola publica ou particular falar sobre os malefícios das drogas em sala de aula, se nas suas festas expõe seus próprios alunos, quando vendem bebidas alcoólicas em busca de fictícios lucros para APP e/ou para a escola. Audaciosamente ainda colocando um cartaz “É proibido o fornecimento de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos”. O lucro de hoje, pode vir a tornar-se o prejuízo de amanhã, quando um dos possíveis atos delinqüentes venha de um aluno dependente químico, “formado” na própria escola.
Fazer prevenção as drogas é mais do que simplesmente falar, é o exemplo de quem a faz que determinará seus ouvintes a seguir ou não os conselhos, é mostrar que a verdadeira alegria é percebida numa pessoa, quando essa não precisa de uma substância (quer seja licita ou ilícita), que altere seu estado natural para poder ir a uma festa de aniversário, casamento, festa de escola, confraternização na empresa, ou algo semelhante.

É preocupante o fato de que com a chegada das festas do mês de outubro, muitos são os que em seguida, mais cedo ou mais tarde, buscarão tratamento numa comunidade terapêutica, vítimas de suas “alegrias” que muitas vezes são acompanhados como citado anteriormente do próprio pai/mãe ou responsável, que de responsável pouco apresenta.
A sabedoria sagrada diz que temos que ser ou quentes ou frios, pois que a mornidão é degenerescente e deseducativa. Pois bem: não temos mais tempo ou possibilidade de adiar decisões fundamentais; ou queremos a felicidade de nossos filhos, alunos, munícipes, colaboradores ou permanecemos indiferentes a eles; ou assumidos em profundidade a responsabilidade, ou investimos em um mundo brutal, do qual não nos iludamos, as principais vítimas seremos nós.

Arsanjo Paul Colaço
Jaraguá do Sul
02.10.2003

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