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terça-feira, 24 de abril de 2007

Alcoolismo começa na “balada”

Decadence é melhor viver dez anos a mil do que mil anos a dez” (Lobão)

Qual a imagem que você tem de um alcoólatra? Aquele tiozinho bêbado, que fica em frente ao boteco tomando a sua branquinha às 7h da manhã? Ou a tiazinha da rua que vai te pedir R$1 pra "comprar pão"? Tudo muito distante da sua realidade? Tenha certeza que não! Considerada a maior doença social deste tempo, o alcoolismo atinge cerca de 10% da população mundial, seja rico, pobre, negro, branco, magro, gordo, jovem, velho... "É uma doença, progressiva, incurável e fatal", E pode começar na brincadeira, nas memoráveis bebedeiras com os amigos, nas baladas... Afinal, ninguém nasce alcoólatra, ninguém acorda num belo dia e pensa: A partir de amanhã, vou virar um alcoólatra, vou beber todos os dias, inclusive de manhã, vou perder amigos, família, emprego, .... A evolução da dependência é insidiosa, quase imperceptível para quem bebe.Em suma, o alcoolismo não é um vicio, é uma doença que qualquer pessoa pode desenvolver, tenha ela a idade que for. Fatores genéticos, que são passados de geração para geração, é um agravante sim, mas os hábitos também podem ser determinantes, dependendo da predisposição de cada um. Uma pessoa que adquire o hábito de beber vai desencadear aquela série de etapas que envolvem a dependência física e psicológica do álcool. A freqüência do 'beber' produz o aumento da tolerância ao álcool, ou seja, a pessoa passa a consumir volumes crescentes da bebida para ter os mesmos efeitos. O organismo passa a necessitar de doses alcoólicas para realizar as funções cotidianas, e a pessoa passa a não se sentir bem sem o álcool.
Mas como não confundir alcoolismo com o simples prazer em beber? Quando algo começa a ser necessário, fundamental e indispensável, é de se acreditar que não seja mais só prazeroso. A grosso modo, diz-se que uma pessoa que não consegue passar um dia sem consumir álcool é considerada dependente. É difícil definir um comportamento típico de um alcoolista (alcoolista e alcoólatra têm o mesmo significado), mas a OMS (Organização Mundial da Saúde) adota alguns critérios para a determinação da síndrome de dependência do álcool, como o aumento da tolerância (necessita de doses progressivamente maiores para o mesmo efeito desejado) e sintomas repetidos de abstinência (ocorrem sempre que há interrupção do consumo).
Então como não ser um alcoólatra? Muitos viveram “dez anos a mil” e já não estão mais aqui neste mundo, mas ao contrário temos muitos que vivem “mil anos a dez” tranqüilamente, sem necessitar de alguma substância química para ser mais alegre, para fazer amigos, conseguir conquistar aquela garota ou para esquecer os problemas. A decisão é de cada um.
Arsanjo Paul Colaço é voluntário do GAMA

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